Irã rejeita apelos da França, Alemanha e Reino Unido para conter tensões no Oriente Médio

13 de agosto de 2024 às 09:25
Mundo

Multidão acompanha caminhão com restos mortais do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, no Irã — Foto: Vahid Salemi/ AP

g1

O Ministério das Relações Exteriores do Irã rejeitou nesta terça-feira (13) os apelos de FrançaAlemanha e Reino Unido por moderação em relação a Israel, afirmando que falta aos chamados "lógica política" e que eles "contradizem princípios do direito internacional".

Os três países europeus haviam solicitado, em uma declaração divulgada na segunda-feira (12), que o Irã e seus aliados se abstivessem de ataques contra Israel em retaliação ao assassinato de Ismail Haniyeh, líder político do grupo palestino Hamas, em Teerã, no fim de julho.

Teerã e aliados, incluindo o Hamas e o grupo xiita Hezbollah, acusam Israel de estar por trás do assassinato. O governo israelense não assumiu nem negou a responsabilidade. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse apenas que seu país deu "golpes esmagadores" em aliados do Irã.

Grupos terroristas e o Irã vêm fazendo promessas de vingança contra Israel e seus aliados, e a possibilidade de uma expansão da guerra no Oriente Médio vem causando preocupação entre governos da região e do resto do mundo.

O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou na segunda-feira (12) que os Estados Unidos se preparam para o que podem ser ataques significativos do Irã ou de seus representantes no Oriente Médio "ainda nesta semana".

Segundo o "The Wall Street Journal", Israel colocou suas forças armadas em alerta máximo, e o Pentágono enviou um submarino com mísseis guiados para a região e está acelerando a chegada de do porta-aviões USS Abraham Lincoln, equipado com caças F-35, para incrementar as defesas de Israel.

Kanaani afirmou que o governo iraniano está determinado a desencorajar Israel e fez um apelo para que os países europeus se posicionem contra a guerra em Gaza e as ações bélicas de Israel.