Eduardo Bolsonaro se manifesta sobre encontro de Lula e Trump

26 de outubro de 2025 às 13:53
Política

Em legenda de publicação, o deputado afirmou que presidente teria ficado incomodado com o assunto - Foto: Reprodução

Por Francês News

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou suas redes sociais neste domingo (26) para comentar a reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, realizada na Malásia. A manifestação do parlamentar seguiu após a divulgação de um trecho do encontro em que o republicano elogia Jair Bolsonaro.

Em vídeo publicado por Eduardo Bolsonaro, Trump é ouvido dizendo: “Eu sempre gostei dele [Bolsonaro]… Eu me sinto muito mal sobre o que ocorreu com ele. Eu sempre pensei que ele era um cara direito, mas ele tem passado por várias coisas”.

A declaração foi dada a jornalistas antes da reunião bilateral, momento em que Trump não respondeu se a situação do ex-presidente brasileiro seria discutida junto ao tema das tarifas impostas aos produtos brasileiros.

Na legenda da publicação, o deputado afirmou que Lula teria ficado incomodado com o assunto. “Lula encontra Trump e na mesa um assunto que claramente incomoda o ex-presidiário: Bolsonaro. Imagine o que foi tratado a portas fechadas?”, questionou.

Versão do governo


Em contraponto, a versão oficial apresentada pelo secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa – que participou da reunião –, minimizou a relevância do tema.

De acordo com Elias Rosa, a discussão sobre Bolsonaro surgiu apenas “lateralmente” durante a conversa com a imprensa. Já a portas fechadas, o assunto central levantado por Lula teria sido a aplicação da Lei Magnitsky a autoridades brasileiras – lei esta que teve como articulador o próprio deputado Eduardo Bolsonaro.

“O que o presidente Lula utilizou como exemplo é a injustiça da aplicação da Lei Magnitsky em relação a algumas autoridades, como do Supremo Tribunal Federal. O quão injusta é essa medida em relação a esses ministros, porque respeitou-se o devido processo legal, e não há nenhuma perseguição política ou jurídica”, explicou o secretário.