Visita ao Brasil consolida 'bromance' de Ryan Reynolds e Hugh Jackman, dupla de 'Deadpool & Wolverine': 'Os brasileiros sabem viver a vida'

17 de julho de 2024 às 09:55
Celebridades

No Rio de Janeiro, Ryan Reynolds e Hugh Jackman falam sobre 'Deadpool & Wolverine' — Foto: Leo Martins / Agencia O Globo

O Globo

O Rio de Janeiro foi tomado por uma febre “Deadpool & Wolverine” nos últimos dias. A passagem dos atores Ryan Reynolds, Hugh Jackman e Emma Corrin e do diretor Shawn Levy agitou a cidade. O quarteto visitou pontos turísticos, como o Maracanã, mergulhou no mar, pedalou pela orla, experimentou comidas de boteco e participou de evento, segunda (15) na Cidade das Artes, na Barra, Zona Oeste carioca, para mais de 900 fãs e convidados, que assistiram aos primeiros minutos do filme com estreia marcada para o dia 25.

Em sua segunda visita ao Brasil, a primeira ao Rio, Reynolds (que interpreta Deadpool) postou uma declaração de amor ao país em suas redes sociais: “Se você puder... visite este país. Não espere. Não é apenas um lugar, é um sentimento.” Em entrevista ao GLOBO, ele também fala sobre o lado apaixonado do fã brasileiro.

— Quando vim para a Comic-Con de São Paulo (CCXP, em 2019), lembro que os fãs estavam tão empolgados que acabaram pressionando e derrubando uma grade. Precisei saltar para não caírem em cima de mim — recorda o ator. — Felizmente, ninguém se feriu. Mas foi um exemplo da intensidade do quanto as pessoas sentem no Brasil, e elas te fazem sentir. Amo isso.

Ryan Reynolds volta ao papel de Wade Wilson em
Ryan Reynolds volta ao papel de Wade Wilson em "Deadpool & Wolverine" — Foto: Divulgação

Protagonismo

Em sua quinta ou sexta vez no país (foram tantas que já perdeu as contas), Jackman, que vive Wolverine, também é só elogios:

— Os brasileiros sabem viver a vida. Vivem completa e abertamente. Qualquer país que tira dez dias de férias para o carnaval sabe como experimentar a vida (risos).

Deadpool e Wolverine já haviam aparecido juntos nos cinemas em “X-Men Origens: Wolverine” (2009), primeiro filme solo do mutante de garras de adamantium. Na ocasião, no entanto, Deadpool nem de perto deixava antever que ganharia seu próprio longa em 2016.

A novidade, agora, é que os dois dividem o protagonismo em cena. A trama acompanha um apático Wade Wilson, que parece disposto a deixar os dias de Deadpool para trás e viver uma vida de civil. Mas, quando seu mundo sofre uma ameaça que coloca em risco as pessoas que ama, ele se vê obrigado a recolocar o uniforme e buscar a ajuda de um mutante mal-humorado que não quer saber de novas amizades, Logan/Wolverine. O elenco conta ainda com a brasileira radicada nos EUA Morena Baccarin, Rob Delaney, Leslie Uggams, Karan Soni e Matthew Macfadyen.

Hugh Jackman retorna ao papel de Logan em
Hugh Jackman retorna ao papel de Logan em "Deadpool & Wolverine" — Foto: Divulgação

Há 24 anos na pele de Wolverine, desde sua estreia em “X-Men: o filme” (2000), Hugh Jackman retorna ao personagem que pensou ter deixado para trás. Em 2017, no lançamento de “Logan”, o ator chegou a afirmar que não voltaria a interpretar o personagem, mas acabou convencido pelo amigo.

— Toda essa experiência tem sido incrível para mim. Do dia em que anunciamos até hoje, tem sido ver um sonho se tornar realidade. Nunca me diverti tanto em um filme, nunca tive tanto orgulho de um trabalho — afirma Jackman. — Me sinto mais revigorado interpretando Wolverine agora do que me senti por muitos anos. Toda experiência foi nova e refrescante. Acho que vou interpretar Logan por mais 80 anos, até os meus 130.

 

Jackman quase roteirista

Jackman agradece a Reynolds e a Levy pela oportunidade de apresentar nas telas um Wolverine diferente dos vistos anteriormente. E Ryan Reynolds devolve o mérito ao intérprete do mutante.

— Para trazê-lo de volta, você precisa saber como e por quê. Depois que encontramos isso, foi simplesmente a experiência criativa mais incrível da minha vida — diz Reynolds. — Hugh, genuinamente, deveria ter um crédito de roteirista no filme. Ele tinha uma visão clara de como holisticamente fazer este personagem se conectar com os fãs que já o amavam e ainda parecer completamente novo para as pessoas que pediam um motivo para este filme existir.

Enquanto Deadpool surge em cena com o tradicional figurino vermelho, com uma flexibilidade que permite desde grandes lutas a cenas de dança ao som de ‘N Sync, Wolverine ganha um uniforme clássico que faz sua estreia nas telonas: o tradicional traje amarelo dos quadrinhos.

— Quando Hugh entrou no set pela primeira vez usando o uniforme amarelo, todo mundo ficou parado e em silêncio. Foi como ver uma lenda — lembrou Levy durante o evento para fãs, que teve mediação de Fábio Porchat e Nyvi Estephan. — Reunir Wade Wilson e Logan em um filme foi o maior privilégio de minha vida.

Shawn Levy, Emma Corrin, Ryan Reynolds e Hugh Jackman na Cidade das Artes, no Rio, para evento de
Shawn Levy, Emma Corrin, Ryan Reynolds e Hugh Jackman na Cidade das Artes, no Rio, para evento de "Deadpool & Wolverine" — Foto: Leo Martins / Agencia O Globo

“Deadpool & Wolverine” marca a estreia dos dois personagens no chamado Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês). Até então, os dois personagens tinham seus direitos vinculados à 20th Century Fox, estúdio adquirido pela Disney por US$ 71 bilhões em 2019.

Com a novidade do MCU, os fãs podem esperar por muitas referências a super-heróis conhecidos e a cenários vistos nos filmes e nas séries do estúdio. As possibilidades para o futuro, por sinal, são múltiplas, como muitos rumores acerca de novas formações para os Vingadores e o grupo de mutantes X-Men.

A “mudança de casa” fez muitos fãs temerem que o tagarela mascarado Deadpool perdesse sua essência em detrimento de uma abordagem mais tradicional para todos os públicos. Pelas cenas apresentadas no evento para fãs, essa preocupação já cai por terra. Como nos dois primeiros longas, “Deadpool & Wolverine” é tomado por cenas de violência extrema e muitos palavrões. Com isso, o longa fez história ao se tornar a primeira produção da Marvel a receber a classificação R (proibido para menores de 17 anos) nos Estados Unidos — geralmente, a indicação é acima de 13 anos, e alguns recebem o selo de “livre”.