Vice em disputa: ofensiva de Dantas e MV abre fissura com os Calheiros nos bastidores

Por Redação

Os últimos dias foram marcados por forte movimentação nos bastidores políticos alagoanos, com pressões diretas do grupo palaciano–victoriano sobre o ministro Renan Filho. A cobrança é clara: querem que ele intensifique sua atuação eleitoral e, principalmente, aceite um vice indicado pelo grupo.

Nos bastidores, a leitura é unânime: ainda que tentem evitar atritos com os Calheiros, Dantas e MV já deixaram evidente que a vaga de vice pertence a eles. A articulação corre à solta enquanto Renan pai e Renan Filho circulam por Brasília.

Enquanto isso, em Alagoas, a dupla movimenta poder, costura alianças e toma cafés estratégicos com figuras influentes. Cada gesto sinaliza que o grupo não pretende apenas participar do processo — pretende comandar a definição.

Entre os nomes ventilados, surge com força o do ex-secretário da Fazenda George Santoro. Técnico habilidoso e politicamente articulado, ele domina as linguagens do mercado, do governo e das relações com Brasília, o que o torna palatável para diferentes frentes.

A possibilidade de Santoro compor a chapa não é vista como improvável por aliados. Seu perfil discreto, mas eficiente, agrada a setores empresariais e a quadros internos que defendem um vice “operacional”.

A movimentação revela também que há, no grupo, pressa para ocupar espaços antes que os Calheiros retornem a Alagoas com decisões prontas. O vale-tudo silencioso inclui ligação, reunião, almoço, promessa e aceno.

Nos bastidores, a expressão “nem o boi de Murici lambe” tem sido usada para ilustrar o tamanho da confiança — ou ousadia — do grupo palaciano em assumir protagonismo. E, nesse caso específico, boi é no plural.

As informações são do jornalista Ricardo Mota, do portal Cada Minuto, que acompanha de perto as movimentações e pressões que definem os próximos passos da sucessão estadual.