PF tem 70 horas de depoimento de testemunha sobre o "Careca do INSS" e Lulinha
Por Francês News
A Polícia Federal (PF) já colheu mais de 70 horas de depoimento do empresário Edson Claro, ex-funcionário do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, o "Careca do INSS", que acusa o filho do presidente Lula, Fábio Luís Lula da Silva (Lulinha), de receber R$ 25 milhões e uma "mesada" mensal de R$ 300 mil. O material apreendido inclui conversas de WhatsApp e áudios entre o Careca e Lulinha, que teria sido contratado para ajudar na empresa de cannabis medicinal World Cannabis.
Segundo Claro, Lulinha seria sócio oculto da empresa em Portugal – registrada como "Candango Consulting" –, cujo objetivo real seria a produção indoor de maconha medicinal para vender insumos ao SUS por meio do "Projeto Amazônia". O empresário também detalhou viagens de lazer do Careca com Lulinha à Europa, com passagens compradas pelo lobista.
Apesar das acusações, a CPMI do INSS rejeitou, por 19 votos a 12, a convocação de Lulinha para depor. O Careca, preso desde setembro por suspeita de intermediar pagamento de propina no esquema de descontos do INSS, teria ameaçado Edson Claro de morte após o rompimento.
A defesa de Lulinha e do Careca do INSS não se manifestou. O caso segue sob investigação da PF, que analisa mais de mil páginas de documentos apreendidos. As acusações colocam novo foco sobre as relações do filho do presidente com operadores do esquema bilionário do INSS.