Ao lado de desembargador, líder dos caminhoneiros anuncia paralisação nacional

02 de dezembro de 2025 às 15:54
Política

No anúncio, Chicão afirmou que o objetivo é formalizar o movimento. - Foto: Reprodução

Por Francês News

O desembargador aposentado Sebastião Coelho e o representante da União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC), Chicão Caminhoneiro, anunciaram, em vídeo divulgado nas redes sociais, que irão protocolar uma ação para dar respaldo jurídico à paralisação nacional prevista para começar nesta quinta-feira (4/12).

No anúncio, Chicão afirmou que o objetivo é formalizar o movimento. “Estaremos protocolando o movimento para trazermos a legalidade jurídica dessa ação que vamos iniciar a partir do dia 4 de dezembro. Teremos todo o suporte jurídico necessário para o ato”, disse.

Sebastião Coelho declarou apoio ao grupo e disse que acompanhará o processo. “Estarei lá com vocês para dar assistência jurídica e o que for necessário. Acredito que será um processo vitorioso diante da pauta apresentada pela categoria”, afirmou o ex-magistrado.

Pauta econômica e regulatória

Segundo representantes do setor, a paralisação não teria motivação partidária. A pauta inclui reivindicações como, estabilidade contratual do caminhoneiro; reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas; garantia de cumprimento das legislações vigentes; aposentadoria especial após 25 anos de atividade, com comprovação fiscal.

Convocações anteriores

Apesar do argumento de neutralidade política no ato atual, Sebastião Coelho havia convocado, na semana anterior, uma mobilização nacional em defesa de anistia para os investigados do 8 de Janeiro e para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente na sede da Polícia Federal.

Em suas redes sociais, o ex-desembargador orientou seguidores sobre como organizar paralisações setoriais e afirmou que serviços essenciais — como bombeiros, hospitais e ambulâncias — não deveriam aderir.

Contexto: greve de 2018

A última grande paralisação dos caminhoneiros ocorreu em 2018, durou dez dias e provocou desabastecimento em vários setores. Na época, o movimento teve como foco os aumentos frequentes no preço do diesel e só terminou após o governo Michel Temer acolher parte das reivindicações.