26 Anos de Genéricos: a atuação do farmacêutico na quebra de preconceitos
Redação com Assessoria
Há 26 anos, o Brasil criou a Lei 9.787, de 10 de fevereiro de 1990, autorizando a comercialização, por qualquer laboratório, de medicamentos cujas patentes estivessem expiradas. E assim, foi criado o medicamento genérico. Em janeiro de 2024, a Anvisa tinha 3.894 medicamentos genéricos registrados, compreendendo mais de 800 alternativas terapêuticas, seja como monodroga ou combinação de princípios ativos.
No dia do medicamento genérico, comemorado em 20 de maio, Robert Nicácio, vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia de Alagoas, ressaltou que a lei do genérico, como ficou conhecida, promoveu uma mudança no panorama da saúde pública, mas acima de tudo, o acesso a medicamentos de qualidade com preço mais acessível.
“O valor chega a ser no mínimo 35% mais barato que o medicamento de referência, e em alguns casos essa diferença pode chegar até 90% mais em conta, o que torna mais acessível o tratamento, principalmente de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, pois são tratamentos de longo prazo”, disse Robert.
O principal desafio, segundo o vice-presidente, é desmitificar que o medicamento genérico não serve ou não faz efeito. “Infelizmente uma minoria de profissionais de saúde ainda tem esse discurso e nós farmacêuticos, precisamos desconstruir essa crença. Os medicamentos genéricos passam por testes de equivalência e biodisponibilidade, realizados pela ANVISA, o que confere a eles segurança e eficácia comprovadas”, garantiu.
No Brasil, 97% das classes terapêuticas são atendidas pelo genérico, o que mostra a forte atuação da indústria farmacêutica e sua contribuição para um presente e um futuro de saúde. Hoje, o genérico é aceito por 80% da população, representando 33% dos medicamentos consumidos no País. Essa aprovação vem do fato de que os pacientes ou consumidores que estão usando o medicamento genérico, conseguem se tratar adequadamente e se curar com ele, atestando sua eficácia e segurança na prática.