Estudantes denunciam abandono da educação estadual e cobram ações do governo de Alagoas
Por redação
Grêmios estudantis de escolas da rede estadual de Alagoas divulgaram manifestações públicas denunciando a precarização do ensino, a ausência de professores e o atraso em obras de infraestrutura. Os relatos foram repercutidos pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), que reforçou as críticas feitas pelos alunos.
Na Escola José Enoque de Barros, o Grêmio EJEB afirmou que a falta de docentes se tornou recorrente e compromete diretamente o aprendizado, especialmente dos alunos do 3º ano do ensino médio, que enfrentam o Enem nos próximos meses. Em nota publicada nas redes, o grupo declarou:
“A educação está em crise. [...] Gravamos este vídeo como forma de protesto, alerta e pedido de socorro. Queremos educação de qualidade, professores valorizados e um futuro digno.”
Já na Escola Estadual Bráulio Cavalcante, o Grêmio EEBC apontou que a unidade está em reforma há mais de um ano, com as obras paradas, e que os estudantes permanecem sem aulas regulares. O grupo reconhece a legitimidade da mobilização dos professores, mas cobra providências urgentes do poder público.
“A educação precisa voltar a andar. Precisamos de uma resposta. De uma solução”, escreveram.
O Sinteal, ao compartilhar os conteúdos, reforçou que a crise não atinge apenas os trabalhadores da educação, mas também o cotidiano e o futuro dos alunos da rede estadual. As publicações ganharam ampla repercussão entre professores, estudantes e pais, e escancaram o impacto direto das greves e paralisações provocadas pela falta de reajustes salariais e direitos negados à categoria.
Até o momento, o governo estadual não se pronunciou sobre os protestos dos estudantes.