Se a paz acontecer agora na Ucrânia, Trump vai ganhar o Nobel da Paz, diz Lula

08 de maio de 2025 às 10:18
Mundo

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Terra

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  defendeu o multilateralismo e criticou os Estados Unidos e os países europeus que financiam esforços em prol da guerra que ocorre na Ucrânia. Em entrevista ao The New Yorker, o chefe de Estado afirmou que não se pode confrontar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e que é preciso haver diálogo. 

“Quando você encurrala o inimigo, precisa ter força para derrotá-lo, e não é fácil derrotar a Rússia. Discuti isso com [Joe] Biden. E Biden continuou dizendo: 'Vamos destruir Putin, e ele terá que reconstruir a Ucrânia'. O que vai acontecer agora? Se a paz acontecer, organizada por [Donald] Trump, ele ganhará o Prêmio Nobel da Paz, e a Europa terá que pagar pela OTAN, terá que financiar a guerra e terá que reconstruir a Ucrânia”, declarou. 

Para trazer o pacifismo à pauta, Lula usou como exemplo a quantia gasta em armas em 2024, um total de US$ 2,4 trilhões (pouco mais de R$ 13 trilhões na cotação atual), e a comparou com o número de pessoas em vulnerabilidade social. 

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“Setecentos e trinta milhões de pessoas vão dormir todas as noites sem saber se terão café da manhã ao acordar. Essa deveria ser a principal preocupação da humanidade”, afirmou.

Não vende armas para o confronto entre os dois países 
O presidente resiste para tomar um partido entre Rússia e Ucrânia, e disse não ceder armas para que a guerra continue. Recentemente, Lula teve um encontro com o chanceler alemão, Olaf Scholz, no qual a autoridade pediu para que lhe fossem vendidos mísseis para enviar à Ucrânia. “Eu disse a ele que não venderia, com todo o respeito, porque não queria que nenhum ucraniano ou russo morresse com uma arma brasileira”, ponderou. 

Antes disso ainda, o mandatário contatou Putin e pediu para que ele rompesse com o embate e retornasse para a política. Lula afirma ter dito que o presidente russo ‘faz falta’ no meio político e que o ‘mundo precisa de política’ e não de guerra. “‘Não há pessoas suficientes para sentar à mesa e discutir o destino do planeta: O que queremos para a humanidade?'". 


O presidente ainda criticou o desejo de Donald Trump em dominar a Groenlândia e o Canadá, além de Putin, por querer a Ucrânia como território, questionando como farão isso se nem conseguem administrar o que já tem. O petista também opinou sobre a postura global do presidente norte-americano, de seu vice, J.D. Vance e de Elon Musk. 

"Eles negam as instituições que garantem a democracia em todo o mundo. O fato de o vice-presidente americano interferir na política da Alemanha já é um crime. Nunca fui a outro país para interferir em uma eleição!”, ressaltou. 

Essa retórica belicosa poderia prejudicá-los, segundo Lula, pois o resultado poderia ser pior. “Quando você solta uma fera selvagem, depois você não sabe como controlá-la”. 

Encontro com Putin

Lula está em Moscou desde esta quarta-feira, 7, e tem um encontro marcado com Putin nesta quinta, 8. O presidente ficará no país até sábado, 10, para participar das comemorações dos 80 anos do Dia da Vitória, data da assinatura do documento que formalizou o fim das operações militares, navais e aéreas alemãs em favor dos aliados na Segunda Guerra Mundial.

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