Comitê médico afirma que “enfermeira serial killer” não matou 7 bebês

05 de fevereiro de 2025 às 07:04
Mundo

Foto: Reprodução

Metropoles

Um comitê médico apresentou, nesta terça-feira (4/2), relatório no qual afirma que a enfermeira Lucy Letby não é a responsável pela morte de sete bebês e pela tentativa de homicídio contra outros oito. Os casos aconteceram de junho de 2015 a 2016 no Reino Unido, e a mulher foi condenada a 15 prisões perpétuas em agosto de 2023. As informações são do The Guardian.

A análise do comitê médico sobre o caso, que ficou conhecido como “enfermeira serial killer“, pode levar à retirada da pena determinada à enfermeira Lucy Letby, que tinha 33 anos quando recebeu a sentença. Os advogados da mulher vão fazer apelação à Justiça do Reino Unido.

Imagem colorida de comitê que apresentou relatório sobre mortes de bebÊs por enfermeira no Reino Unido
Comitê de neonatologistas apresenta evidências de que enfermeira não matou bebês

O comitê de médicos neonatologistas apresentou “significativas novas evidências médicas” de que Lucy Letby não foi a responsável pela morte dos bebês. Eles atribuíram os falecimentos a “maus cuidados médicos”.

“Não encontramos nenhum assassinato. Em todos os casos, a morte ou os ferimentos foram considerados causas naturais ou apenas cuidados médicos inadequados”, afirmou professor doutor Shoo Lee, que é canadense.

O painel foi convocado por Lee. O doutor entrou no caso e apontou que a promotoria fez análise errada a respeito de estudo realizado por ele. A pesquisa que tratava de embolias gasosas foi utilizada na análise do caso que levou à condenação da enfermeira.

Com as novas evidências, os advogados de Letby solicitaram que o processo fosse revisado pela Comissão de Revisão de Casos Criminais (CCRC) como possível erro do Poder Judiciário, após esgotados os recursos no Tribunal de Apelação.

O caso

A sentença partiu da Corte de Manchester, no norte da Inglaterra. O juiz do caso disse à época que a enfermeira “agia de forma completamente contrária aos instintos humanos”. Conforme o processo, os homicídios e as tentativas de assassinato contra os bebês teriam ocorrido de junho de 2015 a 2016.

Na época da condenação, a Corte entendeu que a enfermeira matava os bebês no Hospital Condessa de Chester para depois ressuscitá-los. A apuração teria identificado que Letby fazia injeção de ar em bebês, alimentação forçada e envenenamento com insulina.

Além disto, a Corte teve o entendimento de que a enfermeira guardava os documentos médicos de eventos mórbidos que ocorriam com as vítimas. Na época da condenação, a enfermeira se recusou a comparecer à Corte para ouvir a sentença.

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