Comitê médico afirma que “enfermeira serial killer” não matou 7 bebês
Metropoles
Um comitê médico apresentou, nesta terça-feira (4/2), relatório no qual afirma que a enfermeira Lucy Letby não é a responsável pela morte de sete bebês e pela tentativa de homicídio contra outros oito. Os casos aconteceram de junho de 2015 a 2016 no Reino Unido, e a mulher foi condenada a 15 prisões perpétuas em agosto de 2023. As informações são do The Guardian.
A análise do comitê médico sobre o caso, que ficou conhecido como “enfermeira serial killer“, pode levar à retirada da pena determinada à enfermeira Lucy Letby, que tinha 33 anos quando recebeu a sentença. Os advogados da mulher vão fazer apelação à Justiça do Reino Unido.
O comitê de médicos neonatologistas apresentou “significativas novas evidências médicas” de que Lucy Letby não foi a responsável pela morte dos bebês. Eles atribuíram os falecimentos a “maus cuidados médicos”.
“Não encontramos nenhum assassinato. Em todos os casos, a morte ou os ferimentos foram considerados causas naturais ou apenas cuidados médicos inadequados”, afirmou professor doutor Shoo Lee, que é canadense.
O painel foi convocado por Lee. O doutor entrou no caso e apontou que a promotoria fez análise errada a respeito de estudo realizado por ele. A pesquisa que tratava de embolias gasosas foi utilizada na análise do caso que levou à condenação da enfermeira.
Com as novas evidências, os advogados de Letby solicitaram que o processo fosse revisado pela Comissão de Revisão de Casos Criminais (CCRC) como possível erro do Poder Judiciário, após esgotados os recursos no Tribunal de Apelação.
O caso
A sentença partiu da Corte de Manchester, no norte da Inglaterra. O juiz do caso disse à época que a enfermeira “agia de forma completamente contrária aos instintos humanos”. Conforme o processo, os homicídios e as tentativas de assassinato contra os bebês teriam ocorrido de junho de 2015 a 2016.
Na época da condenação, a Corte entendeu que a enfermeira matava os bebês no Hospital Condessa de Chester para depois ressuscitá-los. A apuração teria identificado que Letby fazia injeção de ar em bebês, alimentação forçada e envenenamento com insulina.
Além disto, a Corte teve o entendimento de que a enfermeira guardava os documentos médicos de eventos mórbidos que ocorriam com as vítimas. Na época da condenação, a enfermeira se recusou a comparecer à Corte para ouvir a sentença.
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