Alagoanos se dividem sobre o uso de câmeras corporais pela PM
Redação
A discussão sobre o uso de câmeras corporais por policiais militares em Alagoas voltou à tona após os últimos acontecimentos, envolvendo mortes e violência policial em São Paulo. A medida, defendida por alguns como forma de aumentar a transparência e responsabilizar os agentes, encontra resistência em outros setores da sociedade.
Em uma rápida pesquisa realizada nas ruas de Maceió, a reportagem ouviu diversas opiniões sobre o assunto. Para a estudante universitária Ana Clara Silva, de 22 anos, as câmeras são essenciais: “É a única forma de garantir que os direitos humanos sejam respeitados durante as abordagens policiais. Muitas vezes, as versões dos policiais e dos cidadãos divergem, e as imagens podem servir como prova”.
Já o comerciante João Batista, de 50 anos, tem uma visão diferente: “Acho que as câmeras podem atrapalhar o trabalho dos policiais. Eles podem ficar mais preocupados em gravar do que em agir. Além disso, a privacidade dos cidadãos precisa ser respeitada”.
A autônoma Maria Eduarda Santos acredita que a implantação das câmeras deve ser acompanhada de uma série de medidas: “É preciso investir em treinamento dos policiais para o uso adequado das câmeras, definir protocolos claros sobre o armazenamento e compartilhamento das imagens, e garantir a privacidade dos cidadãos”.
Alagoas e outros oito estado do país foram selecionadas para receber recursos do valor total de R$ 102 milhões, destinados à aquisição de câmeras corporais para as Polícias Militares.