Cristão percorre região da Ásia de bicicleta para evangelizar surdos

04 de novembro de 2024 às 10:06
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Aktash (pseudônimo), um evangelista de origem muçulmana na Ásia Central, superou adversidades únicas desde a infância. Nascido surdo em uma sociedade que considera essa condição uma “maldição de Alá”, Aktash cresceu sob o desprezo familiar e social, mas sua vida mudou após encontrar um cristão surdo que o apresentou a Jesus. Esse encontro não apenas o transformou espiritualmente, como também o curou fisicamente. Aceitar a Cristo trouxe a ele uma nova perspectiva e o desejo de alcançar outros surdos marginalizados, oferecendo-lhes o amor e a aceitação que ele mesmo encontrou.

A empatia de Aktash pelos surdos vem de sua própria experiência de isolamento. “Nunca recebi amor ou atenção dos meus pais, e nem tentaram aprender a língua de sinais para se comunicar comigo”, relembra. Esse isolamento o impulsionou a procurar por pessoas com as quais pudesse se conectar, e quatro anos após conhecer uma comunidade cristã de surdos, Aktash aceitou Jesus, experimentando uma transformação completa em sua vida. Ele deixou de lado práticas destrutivas e se aprofundou na fé, sentindo-se chamado a levar o evangelho a outros surdos que também precisavam ouvir sobre Cristo.

Atualmente, Aktash é um evangelista comprometido, consciente dos riscos que corre na Ásia Central, onde compartilhar a fé é proibido e punido. Mesmo com ameaças de prisão, ele afirma: “Deus não me deixará porque estou fazendo o trabalho dEle.” Com uma bicicleta, que considera um presente divino, Aktash percorre longas distâncias para alcançar surdos em áreas isoladas, levando a eles uma mensagem de esperança e salvação. “As pessoas surdas estão sedentas pela palavra de Deus, e, apesar dos riscos, estou fazendo o trabalho dEle”, diz com convicção.

A provisão de Deus tem sido evidente na vida de Aktash e de sua família. Embora ele passe semanas fora de casa, confia que Deus cuida de seus filhos e provê para suas necessidades, testemunhando a fidelidade divina em milagres diários.

De acordo com a Portas Abertas, a história reflete um impacto profundo em uma região onde cerca de 800 mil surdos vivem em meio a desafios sociais e econômicos. Por meio de doações, muitos cristãos surdos têm sido alfabetizados e aprendido a língua de sinais, mudando suas realidades e abrindo novas perspectivas de futuro.