Apenas um terço dos candidatos apoiados por governadores passam para o segundo turno nas municipais
Por redação
As eleições municipais realizadas neste domingo (06) trouxeram um resultado inesperado para os governadores brasileiros: nenhum dos candidatos apoiados por eles nas capitais do país conseguiu vencer no primeiro turno. Mesmo com o respaldo de governadores em 26 capitais, apenas um terço dos candidatos avançou para o segundo turno, e muitos com chances reduzidas de vitória.
Cidades importantes, como Recife e Salvador, destacaram-se por eleger prefeitos que não tinham o apoio de governadores. João Campos, no Recife, garantiu sua reeleição, derrotando o nome apoiado por Raquel Lyra, enquanto Bruno Reis saiu vitorioso em Salvador, superando o candidato ligado a Jerônimo Rodrigues. Já em São Luís, Eduardo Braide confirmou seu favoritismo, vencendo no primeiro turno, sem deixar espaço para o candidato de Carlos Brandão.
O enfraquecimento da influência dos governadores foi mais evidente no Nordeste, onde a expectativa era de que seus candidatos tivessem mais sucesso. Em cidades como João Pessoa e Teresina, os candidatos indicados pelos governadores conseguiram chegar ao segundo turno, mas estão em desvantagem nas pesquisas e enfrentam desafios consideráveis.
Em outras regiões, a tendência de distanciamento da política estadual também foi observada. Prefeitos como JHC, em Maceió, e Marcell, em Aracaju, garantiram reeleições no primeiro turno, vencendo adversários apoiados por governadores. A disputa mais acirrada ocorreu em São Paulo, onde o prefeito Ricardo Nunes, aliado do governador Tarcísio de Freitas, avançou para o segundo turno, mas ainda sem garantir vitória.