Hezbollah diz que ainda tem armas e munição para combater Israel
UOL
O porta-voz do Hezbollah, Mohammad Afif, disse, nesta quarta-feira (2), que o grupo extremista ainda possui combatentes, armas e munição para retaliar Israel.
O que aconteceu
Declaração do Hezbollah foi feita a repórteres no sul do Líbano. "Nós garantimos a vocês, o inimigo, que este é apenas o primeiro round (...) [o grupo está disposto a] sacrificar sangue e alma por nossa terra natal pela graça de Deus."
O que aconteceu em Maroun al-Ras [no distrito de Bint Jbeil, na província de Nabatiye] e outras áreas [no sul do Líbano], incluindo Odaisseh, não foi nada além da ponta do iceberg.
Mohammad Afif, porta-voz do grupo extremista
Hezbollah voltou ameaçar Israel. Na entrevista, Afif disse que a superioridade aérea israelense se transformaria "em perdas em solo". As declarações foram divulgadas enquanto Israel fazia novo ataque a pontos estratégicos no Líbano.
Incursão terrestre no Líbano começou na terça
Forças israelenses invadiram o país vizinho por terra. Em comunicado, as Forças de Defesa afirmaram que a aviação e a artilharia realizam ataques de apoio na área. Cerca de vinte vilas libanesas perto da fronteira receberam ordem de evacuação. Mais de um milhão de pessoas foram deslocadas pela guerra desde 23 de outubro, segundo a Organização das Nações Unidas.
Início da incursão ocorreu horas antes de bombardeio do Irã a Tel Aviv. Ataque foi uma resposta ao assassinato dos líderes do Hamas e do Hezbollah, informaram os iranianos. Uma parte dos mísseis caiu sobre cidades israelenses, mas a maioria foi interceptada. Três pessoas ficaram feridas na Jordânia, informou o governo local.
Israel promete retaliar o Irã após os ataques de mísseis. Segundo especialistas ouvidos pelo UOL, a resposta pode provocar uma escalada da guerra. Agentes importantes no cenário mundial, incluindo os Estados Unidos e Rússia, podem dar um novo desenho ao conflito.
Presidente Joe Biden disse que apoia "totalmente" os israelenses. Ele declarou que discutiria ainda hoje uma resposta militar com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
Israel anuncia mortes de militares
Ao menos oito oficiais israelenses morreram em combates durante incursões terrestres no sul do Líbano. Todas as mortes ocorreram nesta quarta-feira (2), segundo as IDF (Forças de Defesa de Israel). O Capitão Eitan Itzhak Oster, 22, foi primeiro a ter a morte confirmada. Um vídeo do soldado falando sobre incursão terrestre foi compartilhado por autoridades. "Não há ninguém mais orgulhoso do que eu por liderar os combatentes no cumprimento das missões", diz Eitan em publicação feita pelo ministro de Assuntos da Diáspora de Israel, Amichai Chikli.
Soldados morreram em uma batalha contra o Hezbollah e em dois "incidentes" que não foram detalhados pelo Exército. Segundo o IDF, o capitão Eitan e quatro colegas da Unidade de Comando de Egoz morreram baleados. Dois soldados da unidade de Golani foram mortos em um "incidente separado" e um soldado da Unidade de Engenharia de Yahalom em outra situação.
Todos os mortos têm menos de 24 anos. Os mais novos têm 21 anos, segundo o IDF. Além dos mortos, ao menos sete soldados foram "gravemente feridos" nos ataques. Israel não detalhou quantos membros do Hezbollah teriam morrido nas incursões terrestres em Gaza. Desde 23 de setembro, mais de mil pessoas morreram em bombardeios israelenses no Líbano.