Iramaraty orienta brasileiros no Líbano a deixarem país por meios próprios

23 de setembro de 2024 às 09:47
Mundo

Libanês verifica mensagem recebida em seu celular, convocando pessoas a se retirarem de áreas onde o Hezbollah esconde suas armas — Foto: Joseph Eid/AFP

O Globo

A Embaixada do Brasil no Líbano orientou que brasileiros que estejam no país deixem a região por causa da escalada de violência que atinge a área.

O que aconteceu

Brasileiros devem buscar "meios próprios" de sair do Líbano. A orientação, divulgada nesta segunda-feira (23), sinaliza que não há no momento um plano de repatriação dos cidadãos na região. Fontes do UOL ligadas ao governo federal apontam que a possibilidade de uma operação de resgate na área ainda é estudada.

Aqueles que optem por não deixar o Líbano devem sair das regiões do sul, mais próximas a Israel. Zonas de fronteira e outras áreas de risco também devem ser evitadas.

Moradores também foram orientados a evitar aglomerações e protestos. O Itamaraty também pediu que brasileiros chequem se seus passaportes têm ao menos seis meses de validade e mantenham dados de cadastramentos atualizados com o setor consular no país.

Estimativa do governo é de que 20 mil brasileiros vivam hoje no Líbano. A informação foi obtida pelo UOL junto a fontes do governo federal.

Contatos para quem está no Líbano e busca informações de segurança. Brasileiros podem procurar o Itamaraty pelos seguintes números: Sala de operações do Sul do Líbano: 07753684; Sala de operações de Baalbeck Hermel: 08371479; Sala de operações de Nabatiyyeh: 07769002; Sala de operações do Bekaa: 08803905.

Crise entre dois países foi intensificada

Explosões de pagers e bombardeio israelense que matou cúpula militar do Hezbollah intensificaram conflitos. Um ataque a uma área residencial no subúrbio de Beirute matou o líder sênior Ibrahim Aqil e outro comandante, Ahmed Wahbi, na sexta-feira. Este é considerado o ataque mais mortal na região desde o 7 de outubro.

Após as explosões, Hezbollah anunciou que "abriu uma segunda frente" de combate contra Israel. A ofensiva ocorre, segundo o grupo extremista, em solidariedade aos palestinos que enfrentam uma ofensiva israelense mais ao sul, em Gaza. A organização prometeu lutar até um cessar-fogo na guerra paralela de Gaza.