População de Estrela de Alagoas repudia uso de velório como 'palanque político'

Por redação

Moradores do município de Estrela de Alagoas usaram as redes sociais nesta semana para repudiar o uso do falecimento de uma senhora de 63 anos como palanque político para o candidato à prefeitura da cidade, Roberto Wanderley (MDB). Em contato com o portal AL-102, alguns cidadãos estrelenses denunciaram que grupos ligados ao candidato emedebista à prefeitura da cidade tentaram se aproveitar do velório da senhora Eulina, que faleceu em um acidente envolvendo uma picape e uma van no último sábado (07), na cidade.

Um desses grupos seria o "Mulheres do 15", que emitiu um convite nas redes sociais para que apoiadores comparecessem ao velório de Eulina, realizado nesta quinta-feira (12). No convite, o grupo destaca que irá partir do comitê de Wanderley para o velório. Com isso, moradores acusaram os apoiadores do candidato de tentar transformar o velório em um palanque político.

"Estão fazendo de tudo um palanque político. Vergonhoso, vergonhoso demais", comentou uma cidadã estrelense nas redes sociais.

Em uma nota divulgada e amplamente compartilhada pelos cidadãos estrelenses, foi também destacado o descontentamento da população com a Escola Estadual Luiz Duarte, que manteve uma celebração durante o período de luto.

A celebração em questão seria em comemoração aos 50 anos da escola. Entretanto, os denunciantes ressaltaram que tanto o atual diretor quanto a ex-diretora da instituição são abertamente apoiadores de Roberto Wanderley.

Confira a nota na íntegra:

"Nós, cidadãos do município de Estrela de Alagoas, expressamos nosso profundo repúdio à atitude da diretoria da Escola Estadual Luiz Duarte que, em um momento de LUTO e respeito pela perda da vida da senhora Eulina, decorrente do acidente que aconteceu no último sábado (07/09/2024), em nossa cidade, no qual houve várias vítimas em estado grave, que estão hospitalizadas, além do falecimento do senhor Elísio, muito conhecido por todos, inclusive familiar de um dos funcionários da EELD, decidiram seguir com a programação do Jubileu, previsto para o final de outubro.

Essa postura demonstra uma falta de sensibilidade e empatia diante da dor que muitos estão enfrentando. O falecimento de pessoas é uma tragédia que deve ser tratada com dignidade e respeito. Em vez de se unirem para prestar homenagens e oferecer apoio às famílias enlutadas, a direção optou por celebrar de forma inadequada, desconsiderando o sofrimento alheio. É fundamental que todos nós, independentemente de nossas diferenças políticas, possamos agir com humanidade e compaixão. Esperamos que atitudes como essa sejam revistas e que haja um compromisso com o respeito à vida e ao luto de nossos conterrâneos."