Brasil está coberto por 'enorme nuvem de fumaça', afirma Climatempo

09 de setembro de 2024 às 07:29
CLIMA

Foto: reprodução

Por redação com CNN

Em diferentes regiões do Brasil, tem sido difícil ver o céu azul. Quando se olha para cima, o que se vê é uma coloração acinzentada. De acordo com a Climatempo, nuvens de fumaça estão cobrindo quase todo o país.

Além de esconder o azul do céu, a fumaça também deixa o sol com tons avermelhados. Isso está acontecendo devido aos incêndios espalhados em diferentes regiões do Brasil.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 1º de janeiro até 7 de setembro de 2024, foram identificados 156.023 focos de fogo no território brasileiro.

Essa é a maior quantidade de focos para o período desde 2010, quando foram registrados 163.408 focos de queimadas.

No mês de agosto, o estado de São Paulo registrou o maior número de queimadas desde o início da série histórica do Inpe.

Além do estado paulista, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará e Amazonas também tiveram um mês de agosto com números alarmantes de queimadas.

Como consequência desse fogo, um monitoramento da plataforma suíça IQAir, apontou que, em agosto, a Amazônia Ocidental — constituída por Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima — passou a ser a região mais poluída do mundo.

A fumaça deixa todos em alerta para problemas de saúde. Entre os sintomas mais comuns relatados em dias de qualidade do ar ruim estão: irritação nos olhos, nariz e garganta, tosse, falta de ar, e agravamento de doenças respiratórias crônicas, como asma e bronquite.

As autoridades de saúde recomendam que, em casos de dificuldade respiratória severa, o ideal é buscar atendimento médico imediato.

De acordo com Giovanni Dolif, meteorologista do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o céu coberto de fumaça tem sido possível, para além das queimas, por um fenômeno conhecido como “rios voadores” — correntes de ar que normalmente levariam umidade da Amazônia para outras regiões do país.

“Esses ‘rios voadores’, que agora em vez de umidade estão transportando fumaça, se alinham antes da frente fria em direção ao sudeste”, explicou Dolif.