Quem venceu o debate entre candidatos à Prefeitura de SP?
UOL
O quarto debate entre os cinco principais candidatos à Prefeitura de São Paulo promovido pela TV Gazeta/MyNews foi marcado por intensa troca de xingamentos e de acusações de ligação com a fação criminosa com PCC entre os adversários. Quem saiu perdendo foi o eleitor, na avaliação de colunistas do UOL.
Veja a análise dos jornalistas:
Andreza Matais
Quem ganhou o debate foi o direito de resposta — perdi as contas de quantos a TV Gazeta teve que conceder. O eleitor só ouve falar do "invasor", "mentiroso", "ladrãozinho de creche", "chatabata" e "dapena". São os nomes a que o eleitor foi apresentado. E depois que apertar na urna, direito de resposta só daqui a quatro anos.
O prefeito Ricardo Nunes parece ter acordado para o risco real de perder a reeleição e sabe quem é seu adversário hoje. Respondeu às provocações de Pablo Marçal colando nele o apelido de "Tchutchuca do PCC" e lembrando o tempo em que o ex-coach foi preso e condenado.
Outros ou repetiram a mesma tática de sempre ou escorregaram nas cascas de banana lançadas por Marçal, dando a ele o que ele queria: tirar todo mundo do sério. Datena puxa a fila
Raquel Landim
Os apelidos se tornaram o normal na boca de todos os candidatos. Numa cidade de 12 milhões de habitantes cheia de desafios, eles só se tratavam por "criminoso", "invasor", "bananinha", "garota", "ladrãozinho de creche".
Tales Faria
Boulos talvez tenha tido algum lucro por não sofrer ataques significativos de Tábata e Datena.
Para infelicidade do eleitor, Pablo Marçal acabou dando o tom do debate, transformando-o não numa disputa de projetos, mas numa interminável troca de acusações entre os presentes. Nenhum dos candidatos presentes saiu vitorioso. Na verdade, o eleitor foi o grande derrotado. No final, o que vai ficar marcado mesmo do debate são os apelidos.