Primeiro caso de Febre do Oropouche é confirmado em Alagoas

11 de julho de 2024 às 06:37
Saúde

Mosquito transmissor - Foto: Reprodução
 

Redação

A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau/AL) confirmou, nesta quarta-feira (10), o primeiro caso de Febre do Oropouche no estado. O paciente é um homem de 55 anos, residente no município de Japaratinga, no Litoral Norte.

A confirmação da doença foi feita após a realização de exames no Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL), que descartaram dengue, zika e chikungunya, mas apontaram resultado positivo para o vírus Oropouche. Segundo a Gerência Estadual de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis, o paciente não apresentou complicações graves e está se recuperando em casa.

Equipes da Sesau e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Japaratinga estão investigando a origem da transmissão da doença, já que este é o primeiro caso registrado em Alagoas. O objetivo é identificar possíveis criadouros do mosquito transmissor e tomar medidas para evitar novos casos.

Sintomas e tratamento

A Febre do Oropouche apresenta sintomas semelhantes à dengue e chikungunya, como:

  • Dor de cabeça
  • Dor muscular
  • Dor nas articulações
  • Náuseas
  • Diarreia

É importante que os profissionais de saúde estejam atentos para diferenciar as doenças através de critérios clínicos, epidemiológicos e laboratoriais, a fim de direcionar corretamente as ações de prevenção e controle.

O tratamento da doença é sintomático, com repouso, hidratação e uso de medicamentos para aliviar os sintomas, como paracetamol. Não há tratamento específico contra o vírus.

Prevenção

A principal forma de prevenção contra a Febre do Oropouche é o combate ao mosquito transmissor, através das seguintes medidas:

  • Eliminar criadouros, como água parada em recipientes
  • Usar repelentes contra mosquitos
  • Usar roupas que cubram a pele
  • Instalar telas em portas e janelas

Sobre a doença

A Febre do Oropouche é causada por um vírus transmitido por mosquitos do gênero Simulium, popularmente conhecidos como "mosquitos-preguiça". A doença foi identificada pela primeira vez no Brasil em 1960 e, desde então, casos e surtos já foram registrados em diversas regiões do país, principalmente na Amazônia.