Após duas paralisações, profissionais de saúde das UPAs do Tabuleiro e Jacintinho podem decretar greve geral

21 de outubro de 2025 às 08:55
Política

UPA do Jacintinho passa por paralisação de 24 horas contra o atraso de salários. - Foto: Ascom/Sesau

Por Francês News

Os profissionais de enfermagem das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Jacintinho e do Tabuleiro, em Maceió, realizaram uma paralisação de 24 horas nesta segunda-feira (20). A mobilização, convocada pelos sindicatos SINEAL e SATEAL, cobra o pagamento dos salários de setembro, o complemento do piso nacional da categoria e melhores condições de trabalho, incluindo o fornecimento adequado de insumos médicos.

As unidades, gerenciadas pelo Governo de Alagoas, do governador Paulo Dantas (MDB), por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), funcionaram com apenas 30% do efetivo de enfermeiros e técnicos de enfermagem durante o protesto, garantindo apenas atendimentos essenciais e de urgência. Esta é a segunda mobilização neste mês de outubro, indicando a escalada do conflito entre a categoria e a gestão estadual.

Protesto aconteceu nesta segunda-feira (20) - Reprodução

Os trabalhadores destacam que, mesmo após o anúncio da paralisação, a empresa Insaúde – responsável pela gestão das unidades – não quitou o salário integral do mês de setembro, tendo realizado apenas o pagamento do complemento do piso. Além da questão salarial, os profissionais denunciam condições estruturais precárias, com equipamentos quebrados, falta de insumos básicos e uma estrutura inadequada para atender a população com a devida segurança e dignidade.

Em nota, os sindicatos reforçaram o compromisso dos profissionais com a saúde pública, mas afirmaram que a paralisação é uma resposta à falta do "mínimo: o direito de receber em dia e com o piso garantido por lei". A categoria alerta que, se as pendências não forem resolvidas, novas paralisações e até uma greve geral poderão ser deliberadas.