Motorista do Uber, acusado de estuprar jovem embriagada, é espancado pela família da vítima, nos EUA

19 de junho de 2024 às 10:20
Mundo

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O Globo

O motorista buscou a mulher em um bar onde bebia com os amigos, para levá-la a outro estabelecimento na manhã de sábado, segundo o Gabinete do Xerife do Condado de Thurston. Um amigo da vítima pediu que ela saísse do aplicativo, alegando que a jovem estava bêbada demais para voltar para casa sozinha e em segurança, mas ela optou por viajar com Ali.

O motorista teria usado o aplicativo Uber para simular que havia deixado a vítima em seu destino. No entanto, ele a levou a um local de pesca isolado, próximo ao rio Nisqually, a uma hora de Seattle.

Cerca de 30 minutos após a jovem entrar no bar, os amigos da vítima chegaram à sua casa e ficaram preocupados quando perceberam que ela não estava lá. O grupo alertou o pai da vítima, que localizou a filha em um aplicativo de rastreamento ​​e se dirigiu às pressas para onde ela estava, acompanhado de um grupo de amigos e familiares.

Ao chegar no local do crime, encontraram a jovem nua na traseira do Uber, sendo agredida sexualmente. Ali rapidamente tentou puxar as calças e subiu na frente do carro para fugir, mas o pai, junto com outros parentes, começaram a espancá-lo. Durante a agressão, o pai teria sacado uma arma e disparado dois tiros contra o criminoso – os dois erraram o alvo.

Durante a investigação, as autoridades relataram ter encontrado duas cápsulas de bala na área. Os paramédicos o levaram ao hospital, apesar de Ali ter dito que ele não precisava de assistência médica, enquanto outros policiais obtiveram o quadro completo da família da vítima.

Um delegado do xerife do condado de Thurston parou o carro do motorista do Uber e o encontrou gravemente ferido, sangrando muito na cabeça e nas mãos. Ali deve comparecer a uma nova audiência de acusação em 2 de julho.

“Marcar a corrida como finalizada no aplicativo Uber, mas continuar a transportá-la para outro local, demonstrou a intenção de ocultar a localização onde ele acreditava que ninguém poderia encontrá-la para que ele pudesse agredi-la sexualmente”, disse o promotor adjunto do condado de Thurston, Rudy Breteler, no tribunal nesta segunda-feira, de acordo com a emissora KOMO News.

O juiz do Tribunal Superior, John Skinder, deu a Ali uma fiança de US$ 100 mil e decidiu que o suspeito deveria usar um monitor GPS se pagar fiança. O aplicativo de compartilhamento de caronas classificou as supostas acusações do motorista como “terríveis” e afirma que o acusado “não tem lugar em nossa sociedade ou na plataforma Uber”, em um comunicado ao KOMO News.