Estudo revela que mulheres com endometriose têm maior concentração de metal pesado na urina

24 de julho de 2023 às 13:00
Pesquisa

Imagem Ilustrativa. Foto: Reprodução Getty Images

Segundo os resultados publicados nesta segunda-feira (24) no periódico científico Human Reproduction. Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Estadual do Michigan, nos EUA, revelou que mulheres com histórico de endometriose apresentaram maiores concentrações de cádmio na urina, o que indica uma possível ligação entre o metal pesado e a doença.

O cádmio é um tipo de metal que pode ser prejudicial para a saúde e tem uma característica especial, sendo chamado de "metaloestrogênio", porque pode agir de forma semelhante ao hormônio estrogênio em nosso corpo.

Embora outras pesquisas já tenham explorado a possível conexão entre o cádmio e a endometriose, este estudo é o mais abrangente ao utilizar a medição do metal na urina para avaliar a exposição ao longo do tempo. Para a pesquisa, os cientistas utilizaram dados da Pesquisa Nacional de Exame de Saúde e Nutrição (NHANES, na sigla em inglês), que representa a população dos Estados Unidos entre 1999 e 2006.

A endometriose é uma condição médica na qual o tecido semelhante ao revestimento do útero, chamado endométrio, cresce fora do útero. Essas áreas de tecido endometrial podem ser encontradas em órgãos próximos, como os ovários, trompas de falópio e outros órgãos pélvicos. A endometriose pode causar dor intensa durante o período menstrual e relações sexuais, além de outros sintomas como sangramento irregular e infertilidade em algumas mulheres.

No Brasil, a endometriose afeta uma em cada dez mulheres. Um estudo feito pela SBE (Sociedade Brasileira de Endometriose) mostrou, neste ano, que 57% das pacientes com a doença sofrem com dores crônicas; e em 30% dos casos há infertilidade.

 

Fonte: R7Saúde