Silêncio de parlamentares de Alagoas expõe cautela após operação da PF

15 de dezembro de 2025 às 08:53
Política

Foto: reprodução

Por Redação

A Operação Transparência, deflagrada pela Polícia Federal, teve como um de seus alvos Mariângela Fialek, ex-assessora do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Mesmo com o alcance político do caso, parlamentares alagoanos evitaram manifestações públicas sobre o tema.

Mariângela é apontada como figura central na organização da liberação das emendas de relator, mecanismo que ficou conhecido como orçamento secreto. A função exercida por ela envolvia a operacionalização da distribuição de recursos, cuja destinação beneficiou parlamentares de diferentes partidos e estados.

Diante da operação, a expectativa era de que adversários políticos de Arthur Lira em Alagoas se posicionassem, especialmente em um contexto de disputa e desgaste institucional provocado pelo tema das emendas. No entanto, não houve declarações públicas ou críticas diretas.

O silêncio observado entre parlamentares do estado levanta questionamentos sobre o alcance real das emendas de relator em Alagoas. A avaliação nos bastidores é de que os recursos não atenderam apenas a um grupo político específico, mas alcançaram diferentes atores locais.

Nesse cenário, eventuais críticas poderiam abrir espaço para cobranças cruzadas ou exposição de beneficiários, o que ajuda a explicar a postura discreta adotada até o momento. A ausência de manifestações indica uma estratégia de contenção diante de um tema sensível.

As informações são do jornalista Ricardo Mota, do portal Cada Minuto, que acompanha os desdobramentos políticos do caso e os reflexos da operação no cenário alagoano.