300 casos e 137 mortes: Alagoas atualiza cenário da Aids em 2025

09 de dezembro de 2025 às 08:32
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Por Redação com assessoria

Alagoas contabiliza 300 casos de Aids em 2025, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (1º), durante o Dia Mundial de Luta contra a Aids. A faixa etária de 20 a 34 anos concentrou 115 diagnósticos, representando o maior número entre todos os grupos analisados.

Entre pessoas de 35 a 49 anos, foram registrados 105 casos, enquanto o grupo de 50 a 64 anos somou 53 notificações. A faixa de 65 a 79 anos contabilizou 15 diagnósticos, seguida pelos adolescentes de 15 a 19 anos, com sete registros. Idosos com 80 anos ou mais tiveram dois casos. Três faixas infantis — menores de 1 ano, de 1 a 4 anos e de 5 a 9 anos — registraram um caso cada. Não houve notificações no grupo de 10 a 14 anos.

Os dados também apontam 137 mortes por Aids no estado ao longo de 2025, indicando a necessidade de ampliar ações de prevenção e acompanhamento.

O infectologista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) afirmou que a predominância dos casos entre jovens reflete falhas no uso de métodos básicos de prevenção. Segundo ele, a Aids pode ser evitada com uso de preservativos e com a não reutilização de materiais perfurocortantes.

O especialista reforçou que preservativos masculinos e femininos estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde dos 102 municípios e que o acesso às orientações de prevenção reduz o risco de infecção.

Além dos preservativos, o Sistema Único de Saúde oferece duas estratégias de prevenção: a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). A PrEP é indicada para pessoas sem HIV, mas com maior risco de exposição, e está disponível no PAM Salgadinho, no Serviço de Atenção Especializada do Hospital Escola Helvio Auto, na Clínica da Família do Jacintinho e nos serviços especializados de Arapiraca, União dos Palmares e Palmeira dos Índios.

A PEP é utilizada em situações de urgência, como violência sexual, relação sexual sem proteção ou acidentes com materiais perfurocortantes. O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível e segue por 28 dias. Em Maceió, o atendimento é realizado nas UPAs do Trapiche, Benedito Bentes e Tabuleiro do Martins, além do Helvio Auto, HGE e Hospital da Mulher. No interior, o serviço está disponível em unidades como o Hospital de Emergência do Agreste, Hospital Ib Gatto Falcão, Hospital Clodolfo Rodrigues, Hospital Regional do Norte e nas UPAs de Marechal Deodoro, Palmeira dos Índios, Delmiro Gouveia e Viçosa.