Crise na saúde de Alagoas: hospitais com salários atrasados até 5 meses e UPAs ameaçam paralisação
Por Francês News
A crise no sistema de saúde de Alagoas atingiu um novo patamar nesta segunda-feira (24), com protestos em três hospitais de Maceió e a iminência de paralisação em duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Trabalhadores dos hospitais Veredas, Santo Antônio e Médico Cirúrgico cobram salários atrasados de até cinco meses, enquanto as UPAs do Jacintinho e Tabuleiro podem reduzir atendimentos após assembleia marcada para esta terça-feira (25).
No Hospital Veredas, os profissionais bloqueiam a Avenida Fernandes Lima pela terceira semana seguida, reivindicando pagamentos de abril, maio, agosto, setembro e outubro, além de complementos do piso da enfermagem. Os hospitais Santo Antônio e Médico Cirúrgico acumulam quatro meses de atrasos. Todas as unidades mantêm apenas 30% dos serviços em funcionamento.
MAIS PARALISAÇÕES
Médicos das UPAs Dr. Ismar Gatto (Jacintinho) e Galba Novaes (Tabuleiro) se reúnem nesta terça-feira (25) no Sindicato dos Médicos (Sinmed) para decidir sobre possível redução de atendimento. De acordo com a presidente do Sinmed, Sílvia Melo, apenas metade dos pagamentos de agosto e setembro foi liberada na última sexta-feira.
"Quem trabalha precisa receber em dia. Já houve tempo demais em silêncio. Se o gestor não prioriza saúde pública, terá que assumir as consequências", declarou Sílvia Melo, criticando a inércia das autoridades.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) alega não haver pendências de repasses e que os pagamentos seguem o cronograma estabelecido, mas os profissionais contestam a informação e exigem soluções imediatas.