Irmãos de Nádia Tamires dizem que médica denunciou ex-marido por abuso infantil antes do crime

21 de novembro de 2025 às 17:17
Polícia

Irmão da médica a defenderam e reafirmaram que a filha dela, de apenas dois anos, teria sido vítima de estupro - Foto: Reprodução/Instagram Julia Nunes

Por Redação com agências 

Irmãos da médica Nádia Tamires divulgaram um vídeo nas redes sociais com acusações contra o médico Alan Carlos, morto no domingo (16) em Arapiraca, afirmando que a irmã havia denunciado o ex-marido por abuso infantil.

No vídeo, Nayara Taís e Elias afirmam que Alan teria cometido violência sexual contra a própria filha. Segundo eles, a denúncia foi feita há mais de um ano. A família diz que Nádia apresentou laudos que, em sua interpretação, indicariam sinais de abuso.

Os irmãos destacam que, na visão deles, o crime não foi premeditado. Eles classificam o ocorrido como um ato desesperado. Alegam que a médica enfrentava forte desgaste emocional diante das suspeitas sobre o ex-marido.

Também mencionam o histórico de saúde mental da mãe da médica. Segundo o relato, ela é paciente psiquiátrica e acompanhou de perto o sofrimento da filha. A família reforça que tenta contextualizar o estado psicológico de Nádia.

O crime ocorreu no último domingo, 16, no Sítio Capim, zona rural de Arapiraca. Alan foi morto a tiros dentro do carro, estacionado em frente a uma Unidade Básica de Saúde. A ex-esposa chegou ao local em um Jeep.

Testemunhas relataram que houve discussão com a ex-cunhada antes dos disparos. A mulher estava próxima ao médico no momento do ataque. O episódio ocorreu em via pública, em plena luz do dia.

Nádia foi presa poucas horas depois, já a caminho de Maceió. À polícia, disse que agiu por medo de sofrer uma emboscada. A médica afirmou que tinha medida protetiva contra o ex-marido e temia represálias.

O médico era investigado por suspeitas de abuso sexual contra a filha do casal. Essas acusações vinham sendo mencionadas pela defesa e pela própria Nádia. O caso segue em análise pelas autoridades.

A Justiça decretou a prisão preventiva da médica na segunda-feira, 17. O inquérito investiga homicídio qualificado. As declarações da família agora integram o debate público e podem influenciar desdobramentos do processo.