Silêncio dos Calheiros expõe possível crise interna no clã
Por Redação
O silêncio dos senadores Renan Calheiros — pai e filho — após a operação da Polícia Federal começa a gerar interpretações políticas. A ação apreendeu uma maleta com R$ 270 mil, apontados como propina, e criou tensão nos bastidores. Até agora, nenhum dos dois se pronunciou sobre o caso.
De acordo com o jornalista Ricardo Mota, aliados históricos afirmam que existe um clima de crise dentro do clã. O suposto estremecimento envolveria as duas alas da família: a de Brasília e a de Murici. A informação, porém, ainda circula de forma reservada entre calheiristas tradicionais.
A fonte ouvida por Mota não relaciona diretamente o desentendimento à operação da PF. Mesmo assim, analistas consideram difícil tratar como mera coincidência o timing entre os fatos. O silêncio simultâneo das duas frentes fortalece a percepção de desconforto.
A atual administração de Murici é comandada por Remi Filho, herdeiro político de Remi, deputado estadual. Ambos integram a ala municipal dos Calheiros. É justamente essa parte do grupo que estaria mais distante da cúpula em Brasília, segundo interlocutores.
Nos meios políticos, chama atenção que tanto Renan pai quanto Renan Filho mantêm discrição absoluta. O comportamento contrasta com o histórico de reação rápida do grupo em momentos de pressão. A ausência de posicionamentos alimenta especulações.