IML de Arapiraca busca família de andarilho natural de Fernando de Noronha
Por Redação com assessoria
O Instituto Médico Legal do Agreste faz um apelo público para localizar familiares de Raian de Lima Bandeira, de 31 anos, identificado recentemente após morrer atropelado na BR-101, em Junqueiro. O órgão informa que a família tem 30 dias para reclamar o corpo antes do sepultamento administrativo. O caso mobiliza autoridades pela dificuldade de contato com parentes.
A identificação só foi possível graças ao trabalho da papiloscopista Ándelli D’Mara, do Instituto de Identificação. Ela coletou as digitais do corpo e iniciou buscas no arquivo civil de Alagoas e de outros estados. A correspondência foi encontrada no sistema de Pernambuco, confirmando a identidade do homem.
Segundo o termo pericial, Raian nasceu em 9 de setembro de 1994, no arquipélago de Fernando de Noronha. Ele era filho de Idionete Barbosa de Lima e Roberto Pessôa Bandeira. Até o momento, nenhum parente procurou o IML de Arapiraca para assumir os trâmites de liberação.
O boletim do Centro Integrado de Segurança Pública relata que o atropelamento ocorreu em 22 de outubro de 2025, no km 188 da BR-101. Testemunhas disseram que Raian vivia em situação de vulnerabilidade nas ruas da região. A versão foi reforçada por moradores que afirmavam vê-lo circulando frequentemente pelo município.
A chefia do IML destaca que o procedimento para liberar o corpo só pode ser iniciado mediante a presença de um familiar direto. O órgão reforça que a documentação está pronta e basta o comparecimento da família. Sem isso, o processo não pode avançar para o sepultamento convencional.
Caso não haja manifestação, o corpo será enterrado como indigente, seguindo protocolo legal para cadáveres não reclamados. Esse tipo de sepultamento é realizado sem cerimônia, em área reservada e com identificação mínima. É o último recurso após o esgotamento dos prazos oficiais.