Irmão de médica presa acusa irmã e diz que ela “matou um inocente”

18 de novembro de 2025 às 14:56
Polícia

O médico Alan Carlos, o ex-cunhado Emerson Lima e a médica, irmã de Emerson, Nádia Tamyres - Foto: Reprodução

Por Redação com TNH1 

A morte do médico Alan Carlos, assassinado pela ex-esposa Nádia Tamyres no último domingo (16), ganhou novos contornos após declarações de um irmão da suspeita. Emerson Lima Barros afirmou que a família já havia procurado o Ministério Público para denunciar a conduta da médica. Ele também condenou publicamente o crime.

Em entrevista ao TNH1, Emerson disse que a irmã teria premeditado os disparos feitos contra o ex-marido. Segundo ele, a atitude de Nádia foi “covarde” e motivada por interesses financeiros. A narrativa apresentada contraria totalmente a versão de legítima defesa alegada pela investigada.

O irmão afirmou ainda que existe laudo técnico que nega conjunção carnal na filha do ex-casal. Segundo ele, o documento influenciou na absolvição de Alan na denúncia de estupro apresentada anteriormente pela médica. O material foi repassado ao portal TNH1.

Para Emerson, Alan era inocente e foi morto injustamente. Ele relata que, ao longo dos anos, defendeu a irmã em diversas situações, mas que passou a perceber contradições em sua conduta. Afirmou também que a mãe deles concorda com a avaliação de que o ex-cunhado não cometera crime.

O irmão aponta que havia interesse patrimonial envolvido no crime. Ele menciona que o casal tinha uma academia prestes a ser inaugurada e que Nádia teria sido orientada a evitar a divisão de bens. Segundo ele, Alan ainda nutria sentimentos por ela, enquanto a médica nunca pediu formalmente o divórcio.

Emerson conta que conviveu com o casal por ao menos 15 anos, incluindo períodos na Bolívia, Minas Gerais e São Paulo. Nesse tempo, disse nunca ter visto qualquer comportamento que desabonasse Alan. Relatou também que a filha do casal repetia falas induzidas pela mãe.

Segundo ele, familiares chegaram a procurar o Ministério Público em Arapiraca para relatar preocupações sobre a saúde emocional da médica. Emerson afirma que outro irmão ouviu Nádia dizer que, se perdesse o processo, mataria a própria filha e depois se suicidaria. A informação teria motivado a denúncia.

Atualmente, a filha do casal está sob os cuidados da avó materna. Emerson disse que a família teme uma eventual soltura da médica, receosa de que ela possa obter acesso a armas. A avó, segundo ele, vive preocupada com a segurança da criança.

Alan Carlos foi morto com disparos dentro do carro em frente a uma Unidade Básica de Saúde, no Sítio Capim, zona rural de Arapiraca. Nádia foi localizada em Maceió pouco depois do crime e presa com a arma utilizada. A investigação segue conduzida pela Polícia Civil.