A agência informou que a medida foi tomada após consumidores relatarem efeitos adversos graves, incluindo taquicardia, dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia e até desconforto no tórax. Segundo a Anvisa, o produto é divulgado de forma irregular, associando-se a supostos benefícios terapêuticos sem qualquer comprovação científica.
Outro ponto crítico é que tanto a composição quanto os fabricantes do Ki-Fit-Turbo alvo da proibição são desconhecidos. A Anvisa esclareceu que existe um suplemento com o mesmo nome produzido pela empresa GVL Indústria de Suplementos Alimentares Ltda. — distribuído pela Fórmula Commerce Digital Ltda. — que não foi atingido pela medida.
Apesar da proibição, o Ki-Fit-Turbo continua à venda em plataformas como Mercado Livre, onde aparece por R$ 198, sem indicação do fabricante. As descrições prometem “maximizar a perda de peso”, reduzir o apetite e induzir saciedade, efeitos semelhantes aos agonistas de GLP-1, como Ozempic e Mounjaro — medicamentos que têm uso controlado e prescrição obrigatória.
As publicações ainda afirmam que o suplemento ajudaria a combater celulite e flacidez. Entre os componentes listados nos anúncios, aparecem psyllium, aloe vera, sene, ginseng, garcinia cambogia e berinjela — combinações que, segundo a agência, não têm eficácia comprovada para os fins prometidos.