Advogado alagoano participa de série da Netflix sobre o caso Eloá e critica atuação do Estado em tragédia

13 de novembro de 2025 às 15:10
Geral

Foto: reprodução

Por Redação 

O advogado alagoano Thiago Pinheiro é um dos entrevistados da série documental “Caso Eloá: Refém ao Vivo”, lançada pela Netflix neste mês. A produção revisita o sequestro e assassinato da adolescente Eloá Pimentel, ocorrido em 2008, em Santo André (SP), e que paralisou o país durante uma cobertura televisiva transmitida ao vivo.

Formado em Direito pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Pinheiro foi advogado do pai de Eloá, um policial militar investigado por suposta ligação com a chamada “gangue fardada”. Na série, ele comenta bastidores do caso e faz uma análise crítica sobre a condução das investigações e o papel das autoridades na tragédia.

Em entrevista ao portal Repórter Nordeste, o advogado afirmou acreditar que o Estado de São Paulo teve responsabilidade indireta na morte da jovem, ao não conduzir de forma adequada as negociações com o sequestrador.

Pinheiro também é professor, palestrante e autor do livro “A (des)ilusão de uma justiça restaurativa” (2022). Ele se apresenta nas redes sociais como ex-presidente e fundador da Associação da Advocacia Criminal de Alagoas (Acrimal), com atuação voltada à defesa dos direitos humanos e à crítica ao sistema penal brasileiro.

O documentário reúne entrevistas inéditas com familiares, amigos, jornalistas e autoridades envolvidas no caso, além de apresentar trechos do diário de Eloá, oferecendo uma nova perspectiva sobre o crime que expôs falhas na cobertura da imprensa e na atuação policial.

O sequestro durou 100 horas e terminou de forma trágica no dia 17 de outubro de 2008, quando o ex-namorado da adolescente, Lindemberg Alves, disparou contra Eloá e Nayara, amiga que também havia sido feita refém. Eloá foi levada em estado grave ao hospital, mas morreu no dia seguinte.