Sócios do CSA vão julgar gestão de Mírian Monte; punição pode chegar a 10 anos de afastamento

Por Redação com TNH1

Os sócios-torcedores do CSA terão a palavra final sobre o futuro da gestão de Mírian Monte, afastada da presidência do clube em setembro. Segundo o presidente do Conselho Deliberativo, Clauwerney Ferreira — que comanda o clube interinamente —, caberá a eles decidir se a antiga diretoria será absolvida ou condenada administrativamente.

A decisão foi tomada após uma assembleia extraordinária realizada na terça-feira (11), que discutiu as denúncias contra a gestão afastada. Entre os pontos apurados estão pagamentos de “bichos” em valores elevados, depósitos feitos em contas de diretores, empréstimos sem aval do Conselho e retirada de documentos do CT após o rebaixamento à Série D.

De acordo com Clauwerney, novas informações surgiram durante a apuração, mas não foram divulgadas publicamente. Ele afirmou que a defesa apresentada pela ex-presidente “foi por água abaixo” e que o afastamento “foi legítimo e sem contestação judicial”.

Os ex-dirigentes terão 15 dias para apresentar defesa formal ao Conselho Deliberativo. Após o prazo, será marcada uma nova reunião para definir a data da assembleia geral, onde os sócios adimplentes das categorias prata e ouro decidirão o veredito.

O estatuto azulino prevê punições que podem chegar a até 10 anos de afastamento administrativo em caso de condenação. Se forem comprovados desvios de recursos, o caso será encaminhado ao Ministério Público.

Desde o afastamento da antiga diretoria, o CSA é dirigido interinamente por Clauwerney Ferreira, com apoio de nomes como Robson Rodas, Marcelo Brabo e Ricardo Omena. O mandato provisório tem prazo inicial de 90 dias, prorrogável por mais 90.

As eleições oficiais só devem ocorrer após a conclusão do processo de julgamento, o que pode adiar o pleito para 2026. Clauwerney afirmou que o grupo atual “não tem vaidade” e que qualquer nome será bem recebido como candidato à presidência.