STF deve negar último recurso e definir prisão de Bolsonaro até sexta-feira (14)
Por Redação com agências
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) avaliam com apreensão os próximos passos após a condenação a 27 anos e 3 meses de prisão, decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os recursos finais (embargos de declaração) vencem na próxima sexta-feira (14) e a expectativa é de que sejam rejeitados, concretizando o início do cumprimento da pena.
Segundo reportagens, todos os ministros da Primeira Turma já estariam contrários ao recurso, tornando praticamente certo o encerramento desse capítulo processual. O relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, também prepara a publicação de acórdão que definirá o ponto de entrada na execução da pena.
Há debate sobre onde o ex-presidente cumprirá a sentença. As hipóteses mais aventadas são o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, ou uma ala da Polícia Federal – ambos locais utilizados historicamente em casos de alta repercussão. A defesa estuda adotar uma estratégia semelhante à utilizada por Fernando Collor de Mello, que conseguiu converter prisão em regime domiciliar por motivos de saúde.
A base política de Bolsonaro enfrenta desafios: a pauta da anistia, antes prioridade para o grupo, perdeu fôlego, e o apoio no Congresso Nacional não se consolida. A alegação de fragilidade de saúde ganha destaque como possível caminho usado pela defesa para evitar o regime fechado, mas ainda depende de laudos médicos e decisão judicial.
Com a data 14/11 no horizonte, o cenário avança para a etapa de execução da pena — o que pode alterar o tabuleiro político, a estratégia jurídica e a dinâmica da crise institucional no país.