Segundo governo, IML já liberou 89 corpos de mortos em megaoperação no RJ

31 de outubro de 2025 às 14:04
Polícia

Perícia contou com uma equipe de oito profissionais, sob acompanhamento integral de um promotor de Justiça integrante do Ministério Público - Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Por Francês News

A Operação Contenção, megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro, já tem 99 corpos identificados entre os civis mortos, sendo que 89 foram liberados pelo Instituto Médico Legal para entrega aos familiares. O IML continua trabalhando para identificar os 117 civis falecidos durante a ação, com previsão de conclusão apenas no final de semana.

De acordo com a Polícia Civil, um documento de inteligência com centenas de páginas está sendo finalizado, detalhando a qualificação dos criminosos mortos e analisando o papel estratégico dos complexos da Penha e do Alemão na estrutura da organização criminosa. O governo estadual informou que, das 99 pessoas identificadas, 78 possuíam histórico criminal e 42 tinham mandado de prisão em aberto.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) mobilizou a Subprocuradoria-Geral de Direitos Humanos e Proteção à Vítima para realizar uma perícia independente e prestar acolhimento aos familiares durante a liberação dos corpos. A equipe de oito profissionais atua sob acompanhamento integral de um promotor de Justiça, enquanto o governo federal enviou 20 peritos da Polícia Federal para reforçar os trabalhos.

A operação, que visava conter o avanço do Comando Vermelho, cumpriu 20 dos 100 mandados de prisão planejados, resultando na morte de 15 alvos. O principal procurado, Edgar Alves de Andrade, conhecido como "Doca", considerado o maior chefe do Comando Vermelho em liberdade, permanece foragido.

Enquanto isso, entidades de direitos humanos e organizações da sociedade civil classificam a operação como "massacre" e "chacina", criticando a alta letalidade. Familiares e moradores do Complexo da Penha relataram ter retirado dezenas de corpos de uma área de mata na região e afirmam ter encontrado sinais de tortura e mutilações nos cadáveres.