“Um desorientado” x “Caba homi”: deputados de AL divergem sobre atuação do governador do Rio em operação

30 de outubro de 2025 às 08:18
Política

Foto: reprodução

Por Redação*

A operação policial realizada no Rio de Janeiro, na terça-feira (28), que resultou em dezenas de mortes, foi tema de debate no plenário da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) nesta quarta-feira (29). Os deputados Ronaldo Medeiros (PT) e Cabo Bebeto (PL) expressaram opiniões opostas sobre a condução da ação e a postura do governador fluminense, Cláudio Castro (PL).

Primeiro a se pronunciar, Ronaldo Medeiros classificou a operação como “desastrosa” e criticou o modo como foi conduzida pelas forças de segurança. Segundo o parlamentar, a ação não representa um caminho eficaz no combate ao crime e acabou atingindo pessoas inocentes.

“Vários inocentes foram executados. Se entrar um marginal em um shopping, a polícia não pode jogar uma bomba para matar o marginal”, afirmou Medeiros, ressaltando que a maioria dos moradores de favelas “são pessoas de bem”.

O deputado também responsabilizou o governador do Rio pela operação, classificando-o como “um desorientado”. “Vimos uma chacina, a mando do governador, que é um desorientado e não tem condições de governar um estado. Repudio veementemente. Não acabaremos com a marginalidade assim e não podemos aceitar que operações como essa sejam comemoradas, como o governador comemorou”, completou.

Em resposta, Cabo Bebeto defendeu a atuação policial e afirmou que a operação foi bem-sucedida, com exceção das mortes de quatro agentes de segurança. “Medeiros sequer lembra de enaltecer os quatro policiais mortos e esquece que o maior combate foi dentro da mata, e aqueles que lá estavam não eram ‘escoteiros’, mas bandidos armados com fuzis, enfrentando a polícia... Não tinha ali nenhum homem de bem”, declarou.

O parlamentar acrescentou que o episódio simboliza a vitória do Estado sobre o crime. “De vez em quando o bem vence o mal, como aconteceu nessa operação”, afirmou.

Cabo Bebeto também elogiou a postura de Cláudio Castro, chamando-o de “caba homi” e comparando-o com gestores alagoanos. “Parabenizo o caba homi que é o governador do Rio, diferente de alguns aqui de Alagoas”, disse, encerrando o embate que dividiu opiniões no plenário.

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