Exonerações em massa no HRM colocam em risco atendimento à população
Por Ellen Gonzaga/Francês News
Um clima de apreensão toma conta do Hospital Regional da Mata (HRM), em União dos Palmares, diante das recentes exonerações que já se aproximam de 100 servidores. Segundo relatos de funcionários e profissionais recentemente desligados, as demissões abrangem diversas áreas da unidade, incluindo médicos, maqueiros, profissionais do setor de farmácia e do laboratório de análises clínicas, sem que nenhum setor tenha ficado totalmente imune.
De acordo com servidores ouvidos sob condição de anonimato, os cortes começaram pontualmente, mas aumentaram nas últimas semanas, causando desorganização nos atendimentos e sobrecarrega para as equipes que permanecem.
A situação no HRM ganhou maior repercussão com o anúncio do encerramento do serviço de Neurologia, feito recentemente pelo médico Dr. Hélder Ribeiro em uma carta pública. O profissional lamentou a decisão e ressaltou a importância do atendimento especializado para pacientes com AVC, epilepsia, esclerose múltipla e outras doenças graves, alertando para os prejuízos que a medida pode causar à população da Zona da Mata.
As demissões em massa e as mudanças no hospital têm provocado forte reação entre funcionários, pacientes e lideranças locais, exigem esclarecimentos do governo estadual e a adoção de medidas urgentes para restabelecer a estabilidade do hospital, que é referência para dezenas de municípios em Alagoas.
Em nota a Câmara Municipal de União dos Palmares aprovou, nesta quarta-feira (14), um manifesto de repúdio à demissão da médica Dra. Lissiane neurologista que atuava na unidade a mais de 10 anos. A medida e vista como injustificada e prejudicial à saúde da população local.
O documento destaca que a saída da médica representa uma perda significativa não apenas para o hospital, mas para toda a população do município e região. O manifesto será encaminhado ao governador Paulo Dantas e, segundo o presidente da Câmara, Dé Mototáxi, visa dar voz à população e aos profissionais de saúde afetados por medidas administrativas consideradas arbitrárias.
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