Veterinário é preso por maus-tratos a animais em clínica localizada em Maceió
Por Redação
A Polícia Civil de Alagoas prendeu, neste último domingo (12), um veterinário de 43 anos suspeito de praticar maus-tratos contra animais em uma clínica localizada no bairro do Jaraguá, em Maceió.
A ação foi conduzida pela Delegacia de Crimes Ambientais e Proteção Animal (DCAPA), sob o comando do delegado Robervaldo Davino. O homem foi preso por meio de mandado de prisão preventiva.
Segundo as investigações, o veterinário responde a diversos inquéritos que apuram maus-tratos contra cães e gatos, alguns resultando na morte dos animais. Mesmo já tendo sido indiciado e processado anteriormente, ele continuava atuando na profissão de forma irregular, o que, segundo a polícia, representava risco à integridade dos pacientes e à ordem pública.
Os autos apontam que o suspeito deixava de cumprir cuidados básicos exigidos durante os procedimentos clínicos, o que provocava agravamento nos quadros de saúde e sofrimento nos animais atendidos. Diante da reincidência e da gravidade das acusações, a Justiça decretou sua prisão preventiva.
Um dos episódios relatados envolve um cachorro atropelado que foi levado à clínica do investigado. Após uma cirurgia, o animal permaneceu internado por dois dias, mas sem apresentar melhora. A tutora encontrou o pet debilitado, faminto e com o soro desligado. O veterinário recomendou uma nova cirurgia, avaliada em R$ 6 mil. Quando a família retornou para buscá-lo, o cão estava coberto de fezes, com ferimentos expostos e infestados por formigas. Em outra clínica, constatou-se desnutrição, infecção e falhas graves na primeira cirurgia, sendo necessário um novo procedimento avaliado em mais de R$ 17 mil.
Outro caso apurado envolve a morte de uma cadela que apresentava apenas sinais de cansaço. O veterinário diagnosticou líquido nos pulmões e recomendou internação, mas três dias depois informou à tutora, por telefone, que o animal havia morrido. Ela afirmou não ter recebido laudos que comprovassem a causa da morte e relatou que o corpo foi entregue sem explicações.
A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva do suspeito, que foi acatada pelo Poder Judiciário, diante da repetição das condutas e da gravidade dos fatos.
*Com informações da Ascom PC