Por Redação
Um dia após ser afastada pelo Conselho Deliberativo, Mirian Monte formalizou nesta terça-feira (2) sua renúncia ao cargo de presidente executiva do CSA. Foi a primeira vez que a gestora se pronunciou publicamente após o rebaixamento do clube para a Série D do Campeonato Brasileiro.
Em pronunciamento na Pajuçara, Mirian declarou que o vice-presidente Robson Rodas deve assumir o comando do clube, conforme prevê o estatuto, e desejou êxito à nova gestão.
A ex-presidente destacou que os salários do elenco estão em dia e criticou a prática de pagamento de premiações conhecidas como “bichos”. Segundo ela, o CSA arrecadou mais de R$ 11 milhões na temporada com campanhas na Copa do Nordeste e na Copa do Brasil.
Mirian também rebateu acusações de “gestão temerária”, justificativa usada pelo Conselho Deliberativo para seu afastamento. Disse que a contabilidade do clube está digitalizada, que foram captados R$ 6 milhões em patrocínios e que 90% dos acordos trabalhistas estavam quitados até o fechamento da janela de transferências.
A ex-presidente afirmou ainda que sofreu perseguição política, violência e que chegou a receber relatos da filha sobre crises de pânico devido ao clima hostil nos estádios. Segundo ela, não foi convidada para reuniões do Conselho durante sua gestão e tomou conhecimento do afastamento pela imprensa.
Mirian encerrou sua fala reconhecendo desgaste e cansaço após a queda do clube, mas reiterou que deixava a direção com as contas organizadas e a previsão de receita de R$ 8,8 milhões para 2026.