Alfredo Gaspar afirma que não aceita acordo para poupar ninguém, inclusive irmão de Lula
Por Redação com assessoria
O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, deputado Alfredo Gaspar, afirmou nesta quarta-feira (27) que não haverá acordos políticos para proteger ou perseguir pessoas no andamento das apurações. Segundo ele, a linha de trabalho da comissão é ouvir todos que possam contribuir para esclarecer os fatos.
“Discordo completamente de qualquer acordo prévio para proteger ou perseguir quem quer que seja. CPI ou CPMI não é local de proteção. Quem tiver condições de contribuir na investigação, seja como testemunha ou investigado, será chamado. Inclusive, antes de ser relator, como membro, tinha feito pedido de convocação do Frei Chico, irmão do Lula. Na hora certa, todos serão ouvidos”, declarou.
A CPMI volta a se reunir nesta quinta-feira (28) para ouvir as primeiras testemunhas sobre o esquema bilionário de fraudes no INSS. A defensora pública Patrícia Bettin Chaves, que atuava contra descontos irregulares em benefícios antes da Operação Sem Desconto da Polícia Federal, será a primeira a depor, às 9h. Em seguida, em sessão fechada, os parlamentares ouvirão o delegado responsável pela operação, Bruno Oliveira Pereira Bergamaschi.
Segundo Gaspar, também serão chamados ex-ministros da Previdência, presidentes do INSS, representantes da Dataprev, técnicos ligados ao caso, integrantes da operação da PF e dirigentes de sindicatos e associações. O núcleo criminoso já identificado, que inclui Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, também deve ser convocado.