Relator da CPMI do INSS defende investigar fraudes a partir de 2015 e contesta origem no governo Bolsonaro

25 de agosto de 2025 às 16:13
Política

Foto: Agência Câmara

Por Francês News

O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), declarou que as investigações sobre fraudes em benefícios previdenciários terão como marco inicial o ano de 2015, durante o governo de Dilma Rousseff, e não no governo Jair Bolsonaro, como tentam afirmar governistas. O parlamentar argumenta que, embora as irregularidades tenham começado na década de 1990 com acordos de cooperação técnica sem mecanismos de integridade, crimes muito antigos já estariam prescritos e seriam inviáveis de apurar.

"Discordo quando se fala que [as fraudes] começaram no governo Bolsonaro. Essas fraudes tiveram início quando foram firmados os acordos de cooperação técnica, sem mecanismos de integridade", afirmou Gaspar. Ele justificou a decisão de limitar o escopo temporal a partir de 2015 por dois motivos: evitar a investigação de crimes prescritos – que não resultariam em punição – e a inviabilidade técnica de analisar um volume muito grande de dados retroativos.

A posição do relator busca neutralizar o embate político entre governo e oposição sobre a origem das fraudes, estimadas em até R$ 6,3 bilhões. A CPMI, que teve sua mesa eleita pela oposição, promete focar na apuração de responsabilidades e na proposição de medidas para coibir futuras irregularidades no sistema previdenciário.