Chuvas elevam níveis de rios e lagoas e deixam cidades de Alagoas em alerta
Por redação
As fortes chuvas que atingem Alagoas continuam elevando os níveis dos rios e lagoas no interior do estado, deixando municípios em estado de alerta. A situação é monitorada pela Secretaria do Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), que divulgou nova atualização na manhã desta segunda-feira (30), destacando regiões críticas com risco de transbordamento.
Em São Miguel dos Campos, o Rio São Miguel transbordou após uma elevação rápida, à taxa de 12 cm por hora. Imagens registradas por moradores mostram ruas alagadas e caminhões sendo usados para retirar móveis de residências. Algumas famílias já foram evacuadas e estão em abrigos da prefeitura. A previsão é que o nível comece a estabilizar no início da tarde.
Já o Rio Camaragibe preocupa cidades como Matriz de Camaragibe e Passo de Camaragibe, onde o curso d’água está “muito cheio” e pode transbordar nas áreas mais baixas. Em Limoeiro de Anadia, o Rio Coruripe apresentou elevação de 50 cm/h, mas já deu sinais de estabilização, embora o volume de água siga elevado.
Situação das lagoas
As lagoas Mundaú e Manguaba seguem com níveis em ascensão, principalmente por conta do aumento dos aportes dos rios Mundaú, Paraíba e Sumaúma. No município do Pilar, a Lagoa Manguaba já transbordou em parte, e em Marechal Deodoro, o nível da água está a apenas 15 cm de atingir o limite, com tendência de transbordo ainda nesta segunda-feira.
A quantidade de água que segue desaguando na Lagoa Manguaba amplia as áreas alagadas no Pilar e agrava o risco de enchentes em Marechal.
Monitoramento em tempo real
Segundo a Semarh, o Rio Paraíba apresenta níveis estáveis na parte alta, entre Quebrangulo e Viçosa, e iniciou processo de rebaixamento. Na parte baixa, entre Cajueiro e Atalaia, o volume segue alto, mas sem risco imediato de transbordamento.
Os demais rios monitorados permanecem estáveis ou com pequenas elevações, ainda sem representar ameaça, mas sob vigilância constante.
A população das áreas ribeirinhas e de encosta é orientada a acompanhar os boletins da Semarh e da Defesa Civil e, em caso de emergência, buscar abrigo em locais seguros ou acionar os órgãos responsáveis.