França apoia cessar-fogo e cobra Irã por armas nucleares
iG
A França afirmou nesta terça-feira (24) que é "bem-vindo" o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre um cessar-fogo entre Israel e Irã, diz o portal The Times of Israel .
Na segunda (23), Trump afirmou que Irã e Israel chegaram a um acordo para um cessar-fogo completo e total, previsto para começar em cerca de seis horas, após a conclusão das últimas missões militares em andamento.
Segundo Trump, a trégua terá início oficialmente com o Irã e, após 12 horas, será a vez de Israel cessar as operações. O Ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, desmente a afirmação.
Negociação sobre armas nucleares
De acordo com o comunicado francês, obtido pelo jornal israelense, o anúncio de Trump "deve resultar em uma cessação completa das hostilidades, que a França pede que todas as partes respeitem" .
Para o governo francês, "é do interesse de todos evitar um novo ciclo de violência, cujas consequências seriam catastróficas para toda a região" .
A declaração foi divulgada enquanto Israel prometia retaliar um ataque iraniano com mísseis ocorrido pouco após o início da trégua.
"Irã jamais deve possuir armas nucleares", prossegue o comunicado, diz o The Times of Israel . A França também defende que o Irã comece "imediatamente" as negociações para resolver pontos críticos envolvendo seu programa nuclear, mísseis balísticos e ações que têm gerado instabilidade na região.
Pressão na ONU
Em meio à escalada no conflito entre Israel e Irã, com a entrada dos EUA bombardeando instalações nucleares iranianas, a França, acompanhada da Rússia e Paquistão, pressionou o Conselho de Segurança da ONU por um cessar-fogo imediato e incondicional na região.
O tema será discutido em uma reunião de emergência convocada pelo Conselho de Segurança da ONU no próximo domingo (29), em Nova York (EUA).
A reunião foi solicitada pelo ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi. Esta é a terceira reunião convocada a pedido do Irã desde que Israel lançou ataques ao país vizinho.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia classificou os ataques como uma "decisão irresponsável" que viola o direito internacional, a Carta da ONU e as resoluções do Conselho de Segurança.