Fãs, amigos e familiares se despedem de Francisco Cuoco em velório em SP

20 de junho de 2025 às 12:00
Celebridades

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Familiares, amigos e fãs se despedem nesta sexta-feira (20) do ator Francisco Cuoco, que morreu aos 91 anos na manhã de quinta-feira (19), em São Paulo, por falência múltipla dos órgãos. O velório acontece no Funeral Home, na Bela Vista, em São Paulo, e é aberto ao público. O enterro está marcado para as 16h, em cerimônia reservada a familiares e amigos, em local ainda não divulgado.

Cuoco estava internado havia cerca de 20 dias no Hospital Israelita Albert Einstein, também na capital paulista, e enfrentava complicações de saúde relacionadas à idade. Considerado um dos maiores nomes da teledramaturgia brasileira, ele deixa três filhos — TatianaRodrigo e Diogo —, e netos.

 
Rodrigo Cuoco (de óculos) no velório do pai, Francisco Cuoco — Foto: Edu Araujo/AgNews
Rodrigo Cuoco (de óculos) no velório do pai, Francisco Cuoco — Foto: Edu Araujo/AgNews
Rodrigo Cuoco, filho de Francisco Cuoco, junto do neto do ator em velório — Foto: Edu Araujo/ Agnews
Rodrigo Cuoco, filho de Francisco Cuoco, junto do neto do ator em velório — Foto: Edu Araujo/ Agnews
 
Mauro Alencar no velório de Francisco Cuoco, em São Paulo — Foto: Eduardo Martins / Brazil News
Mauro Alencar no velório de Francisco Cuoco, em São Paulo — Foto: Eduardo Martins / Brazil News
Amigos e familiares no velório de Francisco Cuoco — Foto: Edu Araujo/Agnews
Amigos e familiares no velório de Francisco Cuoco — Foto: Edu Araujo/Agnews
Fã homenageia Francisco Cuoco em velório — Foto: Quem
Fã homenageia Francisco Cuoco em velório — Foto: Quem
Velório Francisco Cuoco em São Paulo — Foto: Edu Araujo Agnews
Velório Francisco Cuoco em São Paulo — Foto: Edu Araujo Agnews
Diogo Cuoco chega ao velório do pai, Francisco Cuoco — Foto: Edu Araujo/AgNews
Diogo Cuoco chega ao velório do pai, Francisco Cuoco — Foto: Edu Araujo/AgNews
Rodrigo Cuoco (de óculos) no velório do pai, Francisco Cuoco — Foto: Edu Araujo/AgNews
Rodrigo Cuoco (de óculos) no velório do pai, Francisco Cuoco — Foto: Edu Araujo/AgNews
Velório de Francisco Cuoco, em São Paulo — Foto: Edu Araujo/Agnews
Velório de Francisco Cuoco, em São Paulo — Foto: Edu Araujo/Agnews
Diogo Cuoco no velório do pai, Francisco Cuoco — Foto: Eduardo Martins/Brazil News
Diogo Cuoco no velório do pai, Francisco Cuoco — Foto: Eduardo Martins/Brazil News

Uma das coroas de flores foi enviada pelos netos do ator -- Nizi, Nina, Ju e Adri. "Seu amor permanece vivo em cada um de nós", diz a mensagem.

Família envia coroa de flores a Francisco Cuoco — Foto: Edu Araujo/AgNews
Família envia coroa de flores a Francisco Cuoco — Foto: Edu Araujo/AgNews
 

Relembre a carreira do ator:

Paulista, Cuoco era filho de um imigrante italiano, o feirante Leopoldo, e da dona de casa Antonieta. O casal, que tinha ainda uma menina, Grácia, era muito humilde, e o ator trabalhava com o pai na feira durante o dia. À noite, estudava e tinha planos de se tornar advogado. O interesse pela interpretação veio ainda criança e via circos mambembes se instalarem no terro baldio em frente à casa da família, no bairro do Brás. Encantado pelo que via, o menino fazia pequenas encenações e sonhava com o mundo do cinema.

Cuoco pensava em estudar Direito, mas optou por fazer a Escola de Arte Dramática de São Paulo, onde ficou por quatro anos. Ele entrou para o Teatro Brasileiro de Comédia e no Teatro dos Sete, duas companhias importantes que foram fundamentais para o teatro brasileiro. No palco, ele fez Werneck, de O Beijo no Asfalto (1961), de Nelson Rodrigues. Premiado em 1964 como melhor ator coadjuvante na peça Boeing-boeing pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA), Cuoco entrou na televisão no Grande Teatro Tupi, onde peças de prestígio eram apresentadas ao público da extinta TV Tupi.

Nesta época, entre 1960 e 1964, Cuoco foi casado com a atriz Carminha Brandão, 12 anos mais velha que ele. Em 1966, se casou com Gina Rodrigues, mãe de seus filhos, em uma união que terminou amigavelmente em 1984 - de 2014 a 2017 se relacionou com a estilista Thaís Almeida, 53 anos mais nova. Gina acompanhou o auge da carreira do ator, que brilhou na TV: fez Marcados Pelo Amor (1964), Redenção (1966), Legião dos Esquecidos (1968), Assim na Terra Como no Céu (1970), seu primeiro trabalho na Globo, O Cafona (1971) e Selva de Pedra (1972).

Nesta última, ele fez parceria com Regina Duarte, com quem também esteve em Legião dos Esquecidos e Sétimo Sentido (1982). A dupla foi das mais populares, quando a atriz era, então, a Namoradinha do Brasil. Cuoco foi Roque Santeiro na versão da novela censurada em 1975, e, no mesmo ano, fez um dos personagens mais icônicos de sua carreira: Carlão, o taxista de Pecado Capital.

No cinema, que era seu sonho quando ainda era feirante, Cuoco atuou menos. Esteve em Grande Sertão (1968), Traição (1998) e Gêmeas (1999), e trabalhou com Renato Aragão em Um Anjo Trapalhão (2000) e Didi - O Caçador de Tesouros (2006). Em 2005 fez Cafundó ao lado de Lázaro Ramos e em 2015 encerrou os trabalhos no teatro com Real Beleza (2015).

Os sucessos de Cuoco na televisão foram muitos, em tramas como O Astro (1977), Feijão Maravilha (1979), Eu Prometo (1983), O Outro (1987), O Salvador da Pátria (1989). Os papéis de protagonismo foram diminuindo, mas o ator continuou ativo e esteve em Cobras & Lagartos (2008), Passione (2010), O Astro (2011) e Sol Nascente (2016). Seus últimos trabalhos na TV foram participações, como em Salve-se quem Puder (2020) e No Corre (2023).