Trump vê situação "péssima" com protestos em LA: "Tragam as tropas"

09 de junho de 2025 às 07:25
Mundo

Foto: Reprodução

Metropoles

Em sua plataforma de mídia social, Truth Social, Trump disse que os manifestantes estão ficando muito mais agressivos e que a situação está “péssima” em Los Angeles. “Tragam as tropas”, ressaltou.

Em seguida, repetiu seu lema de campanha: “Não deixem esses bandidos escaparem impunes. Façam a América grande novamente. Prendam as pessoas com máscaras já”. As informações são do jornal The Guardian.

Em uma publicação posterior, Trump já havia culpado o governador da Califórnia e a prefeita de Los Angeles pelos distúrbios: “O governador Gavin Newscum e o ‘prefeita’ [Karen] Bass deveriam se desculpar com o povo de Los Angeles pelo trabalho absolutamente horrível que fizeram, e isso agora inclui os atuais protestos em Los Angeles. Eles não são manifestantes, são encrenqueiros e insurgentes. Lembrem-se: Sem máscaras”.

Os confrontos entre manifestantes e forças de segurança voltaram a ser registrados após a chegada de membros da Guarda Nacional em Los Angeles, marcando o terceiro dia de protestos violentos contra ações anti-imigração na cidade.

Ao longo do domingo, houve registro de queima de veículos e de pelos menos 27 detenções de manifestantes. A polícia de Los Angeles também anunciou a proibição de aglomerações em toda a área central da cidade. Imagens também mostraram uma repórter australiana levando um tiro de borracha na perna enquanto cobria os confrontos.

As tropas da Guarda Nacional, uma força militar de reserva usada em situações como desastres naturais, mas raramente em distúrbios civis, começaram a chegar a Los Angeles na madrugada deste domingo, com cerca de 300 soldados.

Violação da soberania

A prefeita de Los Angeles, Karen Bass, pediu aos moradores da cidade que não se envolvam em violência ou caos. Ela se reuniu com autoridades, incluindo o governador da Califórnia, Gavin Newsom, e o chefe de polícia do Departamento de Polícia de Los Angeles, Jim McDonnell, para discutir a segurança dos moradores de Los Angeles.

Bass disse: “Locais de Los Angeles, não se envolvam em violência e caos. Não deem ao governo [Trump] o que eles querem.”

A prefeita e Newsom já haviam pedido ao governo que revogasse a ordem de envio de tropas, com o governador da Califórnia chamando isso de “uma grave violação da soberania do estado”.

Trump x democratas da Califórnia

Também prosseguiram as tensões entre o governo federal liderado pelo republicano Donald Trump, que ordenou o envio de tropas da Guarda Nacional, e as autoridades democratas do estado da Califórnia, que se posicionaram contra a mobilização dos militares da reserva para lidar com os protestos.

“Atualmente, não há necessidade de a Guarda Nacional ser enviada para Los Angeles, e fazê-lo dessa maneira ilegal e por um período tão longo é uma violação grave da soberania do estado que parece intencionalmente projetada para inflamar a situação, ao mesmo tempo em que priva o estado de enviar esse pessoal e recursos para onde eles são realmente necessários”, disse o governador do estado, o democrata Gavin Newsom, em uma carta enviada à Casa Branca.

Mais tarde, diante de críticas de Tom Homan, o diretor do Serviço de Imigração dos EUA (conhecido pela sigla ICE), o governador Newsom disse: “Venham me pegar, me prender, vamos acabar logo com isso, valentão. Não dou a mínima, mas me preocupo com minha comunidade”.

“Todos os governadores democratas concordam: as tentativas de Donald Trump de militarizar a Califórnia são um alarmante abuso de poder”, disse ainda Newsom.

Escória

A decisão do presidente Trump de acionar quase 2 mil membros da Guarda Nacional marcou a primeira vez desde 1965 que um presidente mobilizou militares da reserva de um estado sem o consentimento do governador local.

Mais cedo, o republicano Trump já havia dirigido insultos a Newsom quando divulgou pela primeira vez que estava considerando enviar militares para o estado.

“Se o governador Gavin Newscum (forma usada por Trump para mesclar Newsom e “scum”, palavra que significa “escória” em inglês), da Califórnia, e a prefeita Karen Bass, de Los Angeles, não conseguem fazer seu trabalho, o que todos sabem que não conseguem, então o governo federal intervirá e resolverá o problema”, disse o presidente americano.

No domingo, Donald Trump afirmou que as tropas vão garantir “uma legalidade muito severa e ordem”, e pareceu deixar as portas abertas para novas mobilizações militares, em outras cidades. “Há pessoas violentas”, disse.

Protestos

As tensões em Los Angeles eclodiram na última sexta-feira, quando manifestantes entraram em confronto com forças policiais que conduziam batidas para que resultaram na detenção de 44 supostos imigrantes irregulares na área central de Los Angeles.

No sábado, membros do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (conhecido pela sigla ICE) estenderam as operações para o município vizinho de Paramount, uma área de grande concentração de imigrantes latinos, provocando ainda mais protestos. Imagens mostraram dezenas de agentes de segurança tentando dispersar os manifestantes com gás lacrimogênio.

Nas últimas semanas, o governo dos EUA efetuou várias alterações no seio do ICE com o objetivo de promover mais detenções. O objetivo de Trump é efetuar, pelo menos, 3.000 detenções por dia.

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