Polícia Civil revela detalhes do assassinato de detento que matou advogado por engano em Maceió
Por redação
A Polícia Civil de Alagoas revelou novos detalhes sobre o assassinato de Antônio Wendel Melo Guarnieri, de 42 anos, ocorrido na última quinta-feira (5) dentro de uma cela no Complexo Prisional de Maceió. Condenado por matar o advogado Nudson Harley por engano em 2009, Antônio foi estrangulado com uma corda e atacado com uma arma branca artesanal, segundo apontam as investigações.
De acordo com o delegado Daniel Otoni, dois detentos foram presos em flagrante e confessaram participação no crime. Ao todo, seis internos ocupavam a cela no momento do assassinato, e os cinco suspeitos de envolvimento já foram identificados.
Ainda conforme o delegado, vestígios encontrados no corpo da vítima indicam que a arma branca e a corda foram utilizadas de forma coordenada pelos agressores. As investigações apontam que a arma perfurocortante pode ter sido confeccionada dentro da própria cela, a partir de materiais comuns no ambiente prisional.
“Os presos costumam fabricar estoques, afiando pedaços de madeira ou ferro. Isso é algo recorrente e preocupante no sistema”, explicou Daniel Otoni.
Sobre a entrada da arma branca no presídio, o delegado afirmou que é prematuro apontar falhas na segurança, ressaltando que a Polícia Penal possui mecanismos de controle rígidos para evitar a entrada de objetos proibidos.
A Polícia Civil também apura a motivação do homicídio. Um dos detentos envolvidos já havia assassinado outro colega de cela em outubro de 2024, utilizando método semelhante. Na ocasião, ele foi transferido para outra unidade prisional.
As investigações seguem em andamento para esclarecer todos os detalhes do caso.