PF tenta contato, mas não consegue intimar Eduardo Bolsonaro sobre inquérito no STF
Por redação com InfoMoney
A Polícia Federal (PF) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ignorou os primeiros contatos para que preste esclarecimentos no inquérito que apura atuação dele nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.
Em documento encaminhado à Corte, a corporação — por meio da Coordenação de Investigações e Operações de Contrainteligência — informou que “comprovantes automáticos gerados pelo sistema de correio eletrônico” mostram que “as mensagens foram devidamente recebidas pelos destinatários, conforme registros de entrega”.
Segundo a PF, o contato com Eduardo Bolsonaro foi feito por meio de dois endereços de e-mail, além dos telefones disponibilizados pela Câmara dos Deputados e o número pessoal do parlamentar, quando o contato foi feito pelo WhatsApp.
“No caso do aplicativo de mensagens, não há confirmação de recebimento da mensagem enviada”, relatou a PF ao STF.
Alvo de um inquérito no STF, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro é suspeito, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), de cometer os crimes coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A investigação é relatada pelo ministro Alexandre de Moraes, que intimou Eduardo Bolsonaro a prestar esclarecimentos. Como mora nos Estados Unidos e está licenciado do cargo desde fevereiro, ele poderá enviar as respostas por escrito — mas até agora a PF não teve sucesso na intimação ao deputado.