Paulo Dantas joga contra Alagoas ao boicotar candidatura de mulher alagoana ao STJ
Redação
Em vez de aproveitar a oportunidade histórica de apoiar a primeira mulher alagoana a ocupar uma cadeira no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador Paulo Dantas (MDB) prefere defender interesses de fora. Nesta quinta-feira (6), em Feira Grande, onde inaugurava uma escola em tempo integral, ele voltou a declarar apoio ao procurador acreano Sammy Barbosa, ignorando deliberadamente a candidatura de Marluce Caldas — alagoana, qualificada e integrante da lista tríplice encaminhada ao presidente Lula.
A escolha do governador é mais do que simbólica: é um gesto político que escancara sua falta de compromisso com o protagonismo feminino e com o fortalecimento de Alagoas em espaços de poder. Ao invés de unir forças para que o estado tenha representatividade em uma das cortes mais importantes do país, Dantas opta por boicotar uma conterrânea em favor de um nome do Acre, sem qualquer vínculo com a realidade jurídica ou institucional de Alagoas.
Se Lula realmente ouvir Paulo Dantas e ignorar a única mulher da lista e única alagoana, estará não só cedendo a pressões políticas estreitas, mas também negando seu compromisso histórico com a diversidade, com o Nordeste e com a valorização das mulheres nos espaços de poder.
A verdade é que, ao atacar a candidatura de Marluce Caldas, Paulo Dantas revela um projeto pequeno, voltado para seus próprios interesses políticos — e não para o avanço de Alagoas.