Caixão de Santa Teresa é reaberto após 111 anos, na Espanha

iG

Durante todo o mês de maio, o caixão de Santa Teresa de Jesus, também chamada de  Santa Teresa de Ávila, ficará aberto para a população, 111 anos após a última abertura. O sepulcro da Santa está na Basílica da Anunciação de Nossa Senhora do Carmo, em Alba de Tormes, Salamanca, Espanha.

A ação foi autorizada pelo Vaticano e vai ser a primeira vez que a reabertura tem como finalidade a visitação pública. Nas outras ocasiões, a abertura do caixão teve como objetivo realizar estudos científicos e canônicos sobre os restos mortais.

Primeira abertura do caixão ocorreu há quase 450 anos

A reabertura fez parte de um ciclo de eventos promovidos pela Ordem dos Carmelitas Descalços e pela Diocese de Salamanca, incluindo missas, procissões e atividades culturais.

Estudos revelaram que o corpo permanece notavelmente preservado, com sinais de mumificação natural. 

Participaram do processo especialistas italianos, membros da Ordem dos Carmelitas Descalços e autoridades eclesiásticas. Durante a exumação, foram realizadas fotografias, radiografias e análises detalhadas do corpo, do coração, de um braço e de uma mão da santa. 

Veja a cronologia das principais aberturas do caixão:

1585: Primeira exumação, três anos após sua morte;
1760: Abertura para verificação e veneração;
1914: Última abertura antes do século XXI;
2024: Reabertura para estudos científicos;
2025: Exposição pública dos restos mortais.

Foco nas relíquias específicas:

O coração de Santa Teresa, exposto em Alba de Tormes, examinado por especialistas, apresenta marcas que, segundo os relatos místicos da santa, seriam o sinal da “lança de amor divino” — fenômeno descrito por ela em vida.

Quem foi Santa Teresa de Jesus:

A Santa foi uma freira carmelita, mística, escritora e reformadora religiosa espanhola, considerada uma das grandes santas da Igreja Católica.

Santa Teresa nasceu em 28 de março de 1515, em Ávila, na Espanha. A religiosa morreu em 04 de outubro de 1582, segundo relatos, por uma doença grave no útero, aos 67 anos.

Após sua morte foi canonizada em 1614, e seus restos mortais permanecem, desde então, em Alba de Tormes.