Entre Likes e Limites: Mães maceioenses relatam os desafios de criar filhos na era das redes sociais
Redação
Em um mundo onde o celular parece extensão do corpo e os vídeos curtos ditam tendências, mães de Maceió enfrentam diariamente o desafio de educar filhos conectados. O equilíbrio entre proteger e permitir a autonomia digital virou tema central na rotina de muitas famílias da capital alagoana.
“Meu filho tem 11 anos e já me pediu celular com rede social. Eu fico em dúvida: cedo ou não cedo?”, conta Andreia Lima, moradora do bairro Benedito Bentes. “A gente quer acompanhar o tempo deles, mas também proteger da exposição, do cyberbullying, de conteúdos impróprios.”
Já para Mariana Torres, mãe de uma adolescente de 15 anos, a batalha é outra: o excesso de tempo nas telas. “Ela passa horas vendo vídeos. Quando percebo, já virou madrugada. Converso, tiro o celular, coloco regras, mas parece uma luta constante.” Mariana admite que o uso exagerado já afetou o desempenho escolar da filha. “É uma distração viciante.”
Especialistas alertam que o uso sem supervisão pode afetar a saúde emocional e cognitiva das crianças. A psicóloga infantil Thaís Moura reforça: “A internet pode ser ferramenta positiva se usada com consciência. O papel dos pais é orientar, impor limites e estar presente.”
Mesmo com os desafios, muitas mães têm buscado alternativas. É o caso de Juliana Costa, que criou uma “rotina digital” para os filhos: horários para uso, conteúdos permitidos e conversas constantes. “Não adianta só proibir. A gente tem que ensinar o caminho do meio.”